Cascavel – No dia 1º de novembro de 2014 entravam em vigor alterações no CTB (Código de Trânsito Brasileiro), no que diz respeito a ultrapassagens perigosas ou em locais proibidos, com aumento de até 1000% nos valores das autuações. Hoje, exatamente um ano depois, as estatísticas mostram que, em relação ao número de flagrantes, as mudanças na legislação foram positivas.
De acordo com dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), no período de um ano que antecedeu a alteração no CTB, de 31 de outubro de 2013 até 31 de outubro de 2014, nas rodovias federais do Paraná foram registrados 56.360 flagrantes de ultrapassagens proibidas. Já de 1º de novembro de 2014 a 19 de outubro de 2014 o número caiu para 31.417 autuações, o que representa uma redução de 44%.
Com a nova legislação, ultrapassagens em locais proibidos passaram a ser consideradas infrações gravíssimas, tendo o valor da multa elevado de R$ 191,54 para R$ 957,70 – reajuste de 500%. No caso de ultrapassagens em que se força uma manobra perigosa com veículo vindo em sentido contrário, o valor da penalidade aumentou 1000%, indo de R$ 191,54 para R$ 1.915,40.
Se levarmos em consideração essas estatísticas, podemos citar duas coisas que possibilitaram essa diminuição no número de flagrantes: a mudança na legislação e o aumento da fiscalização. Para citar um exemplo, na área de abrangência da Delegacia de Cascavel registramos uma redução de quase 30% no número de autuações, comenta o policial rodoviário federal Antonio Gradin.
Acidentes e mortes
Também foi registrada uma diminuição considerável no número de acidentes em decorrência de ultrapassagens. Consequentemente, o número de feridos graves e de óbitos também caiu.
Desde a entrada em vigor nova legislação ocorreram 248 acidentes causados por ultrapassagens em locais proibidos, um percentual 27% menor em relação ao do ano anterior, que teve 339 ocorrências desse tipo. Em relação ao número de óbitos, a queda foi de 21%.
No período entre 2013-2014 ocorreram 52 mortes e de 2014 -2015, 41. A redução no número de feridos graves também foi expressiva, caindo de 135 em 2013-2014 para 89 em 2014-2015 – queda de 34%.
