Policial

Polícia prende nove acusados por onda de ataques a ônibus

Policiais que dão apoio as equipes de Cascavel não tem data para ir embora

Cascavel – Nove pessoas, sete maiores de idade e duas adolescentes, foram detidas pelas polícias Civil e Militar desde a última segunda-feira, acusados de participação nos atentados a quatro ônibus do transporte coletivo.

Na terça-feira, quando uma verdadeira força-tarefa foi montada pelo Governo do Estado com a participação de cerca de 100 homens vindos de várias regiões, foram presos Alexandre Henrique Correia, de 35 anos; Tatiane Cristine Oliveira do Amaral, de 23; Lucas Gustavo Pastre, de 22, e José Henrique Alves, de 21.

De acordo com a Polícia Civil, Alexandre e Tatiana foram presos na Rua Kamaiuras, no Bairro Santa Cruz. Eles estavam com um galão de combustível e são acusados de repassar, via celular, informações sobre a movimentação policial.

Lucas Gustavo Pastre, o Grilo, que é irmão de Cleiton Pastre, morto em confronto com a polícia na madrugada de segunda-feira, foi detido próximo do Cemitério do Bairro Guarujá e é apontado como o mentor dos atentados. E José Henrique Alves foi preso na casa da irmã, na Rua Xavantes, no Bairro Santa Cruz.

Segundo o delegado-chefe da 15ª SDP, Adriano Chohfi, a polícia continua em alerta. “Acreditamos que com a prisão dessas pessoas, que têm envolvimento com os crimes, os ataques cessem. Na terça e na quarta tivemos dias tranquilos e por enquanto as equipes que nos dão apoio continuarão na cidade”. Ele ressaltou que todos ficarão presos.

Alexandre e Tatiana são acusados de organização criminosa e José Henrique seria o autor do incêndio que destruiu um Fiat Punto na noite de segunda-feira, no Bairro FAG. Já Lucas foi preso por ter descumprido as regras no uso da tornozeleira eletrônica e, além de ser apontado como o idealizador de todos os crimes por vingança, teria envolvimento direto nos atentados contra os veículos.

BOATARIA E PÂNICO

Segundo o tenente da PM Roberto Tavares, os boatos que acabaram se espalhando via redes sociais causaram pânico na cidade. “Infelizmente, algumas pessoas divulgaram informações falsas que acabaram amedrontando as pessoas. Na terça-feira houve um boato de bomba em uma faculdade particular da cidade e de incêndio em um mercado, mas a única coisa concreta foi uma tentativa de incêndio a um caminhão, mas que na verdade não tem nenhuma ligação com esses crimes. Foi um problema mecânico resolvido pelo próprio motorista”, esclareceu.