Agronegócio

O campo vai para a escola

O agronegócio responde por mais da metade do PIB (Produto Interno Bruto) dos 50 municípios que formam o oeste do Paraná. O peso do setor é tão grande que é cada vez mais comum que o tema seja debatido em escolas públicas da região. A finalidade é fazer com que alunos entendem melhor o que é, como funciona, a importância social e as transformações que o agronegócio traz ao cotidiano das famílias e das cidades.

Agrônomos da Coopavel costumam ser convidados por professores e diretores para falar sobre os segmentos que formam uma cadeia econômica de respeito no oeste e no Paraná. Para alunos da Escola Municipal José de Couto Pinna, de Vera Cruz do Oeste, o aspecto central da apresentação foram as relações entre o campo e a cidade. Na palestra do agrônomo Mário da Silva Neto, alunos do 5º ano se mostraram surpresos com as revelações que ouviram.

“Para quem mora no campo ou já tem uma certa idade não há novidade nessa relação. Mas para crianças de uma geração bem diferente da dos seus pais e avôs, algumas coisas do que eu disse soaram incríveis”, destaca Mário.

Os alunos se divertiram ao saber que as roupas que usavam vêm do campo. Que a camisa pode vir do algodão, da lã da ovelha ou do bicho-da-seda. Mário levou imagens e textos. As expressões foram de espanto quando o agrônomo mostrou o grão que produz a farinha usada para fazer pães, cucas e bolachas.

A cada novidade, os alunos perceberam que as relações entre o campo e a cidade são muito maiores do que poderiam imaginar. E que um ambiente depende do outro. Mário informa que esse tipo de interação permite às crianças entender o que é o agronegócio e o quanto ele representa no dia a dia do oeste do Paraná, um dos principais celeiros da quarta economia brasileira. A região abriga algumas das maiores cooperativas do País, a exemplo da Coopavel, e juntas têm mais de 40 mil cooperados e dão emprego e renda a cerca de 50 mil trabalhadores.

Aplicação segura

Os agrônomos Guilherme Busnello e Cleverton Gallon, da unidade da Coopavel em Céu Azul, estiveram há poucos dias na Escola Municipal Tancredo Neves para uma conversa com alguns alunos. Eles falaram sobre o uso de defensivos nas lavouras. Os agrônomos revelaram os motivos que levam à utilização e às pesquisas para o desenvolvimento de agroquímicos.

Guilherme e Cleverton ressaltaram que os defensivos não são os vilões como alguns fazem parecer e sim a irresponsabilidade e o uso incorreto desses produtos por pessoas que ignoram as orientações disponíveis.

A tecnologia avançou tanto ao longo dos anos que o potencial toxicológico dos agroquímicos diminuiu significativamente, disseram os agrônomos. E, sem a colaboração desses produtos, não haveria como produzir alimentos em escala tão grande para saciar a população mundial, que é de mais de 7,6 bilhões de pessoas.