Agronegócio

Meio ambiente recebe residentes técnicos

A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná e suas vinculadas começaram a receber residentes técnicos. Na semana passada 48 profissionais que foram aprovados em processo seletivo e vão fazer curso de especialização em Engenharia e Gestão Ambiental (ensino a distância, coordenado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa) e residência técnica nos órgãos públicos.

Além desses, o sistema do Meio Ambiente receberá mais 52 pessoas, que também se capacitarão e atuarão no interior do Estado. Esses profissionais estão sendo chamados para assumir o posto nesta semana.

Participam do programa de residência técnica engenheiros, arquitetos, biólogos, geógrafos, geólogos e advogados. “É um programa de mão dupla, em que os profissionais recém-formados têm a possibilidade de adquirir conhecimento e experiência para a carreira que se inicia, ao mesmo tempo em que auxiliam as instituições no atendimento às demandas e na melhoria da qualidade na prestação dos serviços públicos do setor ambiental", explica o secretário de Meio Ambiente, Antonio Carlos Bonetti.

Os profissionais atuarão sob supervisão no IAP (Instituto Ambiental do Paraná), no ITCG (Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná) e no Instituto das Águas do Paraná.

Vale destacar que foi justamente para essas três instituições que representantes de 46 entidades e instituições ligadas ao meio ambiente protocolocaram, na Superintendência do Ibama no Paraná, um documento com pelo menos 70 páginas na semana passada pedindo a intervenção federal em setores ambientais do Estado. O Ibama ainda não respondeu se vai ou não acatar o pedido.

Sobre os residentes

A coordenação geral do programa de residentes técnicos é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “Os residentes exercem função profissional, aprendem em serviço e terão o tempo dedicado por meio de uma especialização da Universidade de Ponta Grossa, em parceria com as demais Universidades envolvidas”, explicou o reitor da UEPG, Carlos Luciano Sant´Ana Vargas.

A iniciativa visa aprimorar o serviço prestado pelo governo do Estado na área ambiental, com profissionais de diversas áreas, mais atualizados na área ambiental com foco no serviço público. A iniciativa é inédita no Brasil, assim como os demais programas de residência técnica já ofertadas pelo governo estadual e que são referência para outros estados.

Para o ex-presidente do IAP que deixou o cargo semana passada para concorrer às eleições de outubro Luiz Tarcísio Mossato Pinto, a possibilidade de ensinar novos profissionais sobre as atuações nos órgãos ambientais do Estado tem uma importância além da questão ideológica de cada um: “É preciso atuar tecnicamente, em cima do que a lei determina o que é possível fazer ou não”.

O investimento é de R$ 5,24 milhões. Cada residente receberá, além do curso, bolsa-auxílio mensal de R$ 1,9 mil para atuar durante dois anos nas atividades desenvolvidas pelas instituições no interior e capital do estado. Além destas, são mais 20 vagas para profissionais do setor público estadual (sem bolsa).

Essa medida vai também suprir parte da falta de profissionais nesses setores que estão há pelo menos 30 anos sem concurso público. As licenças ambientais no Estado estão prejudicadas já que uma decisão do Tribunal de Contas em fevereiro limitou a renovação e a emissão desses documentos a profissionais habilitados, após encontrar indícios de fraudes no processo.