Policial

Médica é morta a tiros na Linha Vermelha

Vítima teria sofrido tentativa de assalto na noite deste sábado

RIO – A médica Gisele Palhares Gouvêa, de 35 anos, foi baleada e morreu, por volta das 19h deste sábado, na Via Dutra, no acesso à Linha Vermelha. Ela estava sozinha em seu carro, um Land Rover, e, segundo a Polícia Militar, foi vítima de uma tentativa de assalto. A vítima foi atingida por ao menos um tiro na cabeça e chegou a ser levada para o hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos. O carro foi perfurado por dois disparos.

A ocorrência foi registrada na 39ª DP (Pavuna), que já inciciou as investigações preliminares. De acordo com o comando do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), viaturas que faziam o patrulhamento na Linha Vermelha na noite de sábado foram acionadas em razão de uma tentativa de roubo na Via Dutra no acesso à via expressa. No local, os agentes encontraram a vítima ferida a tiros por criminosos, que fugiram na sequência. Imediatamente, o BPVE iniciou um cerco na região, que conta, desde janeiro, com o reforço no policiamento com apoio Batalhão de Policiamento em Grandes Eventos (BPGE). O comando da Unidade determinou que, além de buscas pelos suspeitos, fossem realizadas operações de blitz no trecho do crime, que foram retomadas às 5h deste domingo.

Nas redes sociais, amigos da médica lamentam a tragédia. Ela era diretora da Clinica da Família de Vila de cava, em Nova Iguaçu. Um amigo de Gisele, que pediu para não ser identificado, disse no hospital na madrugada deste domingo que a família está em choque. Ela era casada com o cirurgião plástico Renato Palhares. Segundo o amigo, ela saiu do plantão, na clínica da família e ia para casa, na Barra da Tijuca.
— Ela era uma excelente diretora e uma pessoa maravilhosa. Todos os colegas gostavam dela. Infelizmente, é mais uma vítima da violência no nosso estado — disse o amigo.

Três horas antes de ser baleada, a médica havia postado em sua página no Facebook uma foto da inauguração da unidade de reabilitação do Centro de Acolhimento ao Deficiente (CAD), que funcionará no Centro de Ações Integradas Castorina Faria Lima (Caiesp), no bairro Monte Líbano, em Nova Iguaçu.
No perfil do marido dela, Renato Palhares, amigos já começam a se manifestar.

“Me coloco à disposição para ajudar no que for necessário para pedir justiça e lutar para que a Dr Gisele não seja mais um número nas estatísticas. Estou revoltado e minha família sente muito o acontecido. Se precisar, estou à disposição”, postou o marido de uma paciente de Gisele.

Segundo o amigo de Gisele que pediu anonimato, Renato está em estado de choque e à base de remédios. O casal havia feito uma viagem à França no início deste mês.