Agronegócio

Mapa confirma fim da vacinação em maio/2019

Toledo – O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) aceitou o pedido ratificado pela governadora Cida Borghetti e o Paraná está agora no chamado bloco I do Programa Nacional de Erradicação de Febre Aftosa. Assim, o Paraná deixa o bloco V, onde estava com o Rio Grande do Sul, Santa Catarina (este é o único estado considerado livre da doença e sem vacinação), Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, onde a imunização só será cessada em 2021. Agora, o Paraná está ao lado de Acre, Rondônia e partes de Amazonas, onde a vacinação se encerra em maio de 2019.

A partir de 1º de novembro os pecuaristas de todo o Paraná dão início à penúltima campanha de imunização contra a doença que trouxe prejuízos bilionários para o Estado. Somente no oeste são, segundo o Censo Agropecuário, cerca de 1 milhão de animais a serem vacinados de 1º a 30 de novembro, lembrando que desta vez todo o rebanho de bovinos e bubalinos precisa receber a vacina, independente da idade.

No Paraná, são quase 9,5 milhões de cabeças.

Segundo o veterinário Marcio Eidi Ogassawara, da Adapar (Agência de Defesa Sanitária do Paraná) do Núcleo Regional de Toledo, é impreterível que os pecuaristas façam a imunização e a comuniquem à Adapar.

A não vacinação e a não confirmação da vacina são passíveis de multa ao pecuarista de cerca de R$ 100 por cabeça não protegida pela dose, e ele será obrigado a fazer a imunização assistida por técnicos da agência de defesa agropecuária.

Boa notícia

A condição anunciada pelo Mapa ao Estado ocorre após duas auditorias feitas em janeiro, quando o Estado foi bem avaliado, e em setembro, quando foram analisadas também as condições de trabalho e estrutura física das unidades de fiscalização.

É importante destacar que a unidade de Foz do Iguaçu, por ser de fronteira, é gerenciada pelo próprio Ministério da Agricultura.

Fantasma

O Paraná convive com o assombro da aftosa desde outubro de 2005, quando focos da doença foram identificados no Estado. Há 13 anos, autoridades sanitárias e o setor produtivo lutam para a obtenção de novo status de área livre da doença sem imunização. Hoje o Paraná é considerado área livre, mas com imunização.

Apesar do fim da vacinação no Estado confirmada para maio de 2019, o Paraná permanecerá por um ano sob a vigilância do Ministério para identificar se as condições sanitárias são favoráveis à certificação.

Já as entidades internacionais farão esse monitoramento por dois anos, ou seja, para o mercado internacional, o Paraná só será considerado área livre da doença sem vacinação em 2021.

Essa certificação garantirá abertura e ampliação de mercados para a carne brasileira. Hoje, parte dos países restringe a importação de proteínas animais brasileiras por questionamentos às condições sanitárias.