Agronegócio

Já começou a florada da linhaça

Em pouco mais de 90 dias, o produtor rural Rubin Friske e a família comaçam a colher a linhaça dourada cultivada neste ano em uma área de 100 alqueires no distrito cascavelense de Sede Alvorada.

O espaço desta vez foi ampliado em quase 50%, lembrando que em 2017 haviam sido 70 alqueires dedicados a ela, distribuídos em lotes pela família. O aumento tem a ver com o rentável mercado do cereal.

Em vez de trazer o produto do Rio Grande do Sul para transformação na fábrica da própria família onde ocorre o processamento do cereal, Rubin resolveu se dedicar à cultura há 16 anos. Apesar de um ciclo lento, de cerca de 150 dias, a espera vale muito a pena, “apesar de que neste ano tive que replantar parte da área porque faltou chuva, mas depois ela veio bonita”.

Além da beleza das flores azuis que caem e brotam das plantas todos os dias e que chamam a atenção como um imenso tapete florido às margens da BR-467 entre Cascavel e Toledo, o mercado vantajoso tem conquistado cada vez mais espaço.

Com produção esperada de 360 toneladas, média de produtividade de incríveis 60 sacas por alqueire, a linhaça dourada também aparece como uma alternativa excepcional como rotação de cultura. O cultivo deixa o solo extremamente rico, garantindo uma excelente produtividade na safra comercial seguinte, quando a área é cultivada com soja ou milho. “Além disso, a linhaça exige um baixo custo de produção, aliás, só se gasta com a adubação do solo, porque não precisa de defensivos. Ela é muito rentável, garante grandes volumes de produção e o mais importante, não gastamos com a aquisição das sementes”, afirma.

Rubin criou seu próprio banco de sementes. Parte do que será colhido neste ano, entre o fim de setembro e início de outubro, vai para o armazém, assegurar a safra de 2019.

A incrível transformação

Para cada flor que cai, nasce ali a semente da linhaça dourada, cereal rico em vitaminas e cada vez mais procurado por aqueles que querem manter uma alimentação saudável, e que agora enriquece pães, bolos e biscoitos. Há ainda aqueles que prefiram a linhaça in natura. Além dos humanos, a linhaça também é usada para alimentação animal.

Rica em ômega 3, o quilo dela in natura chega a custar R$ 10 nas lojas cerealistas e no mercado convencional. “Se tivesse uma área maior, plantaríamos e tudo seria usado na indústria”, garante Rubin Friske.