Agronegócio

Dia do Colono e Motorista: o olhar de diferentes gerações sobre as perspectivas para o trabalho no campo

Responsáveis pelo desenvolvimento do interior do país, os colonos são protagonistas das transformações do campo e exemplos de persistência

Dia do Colono e Motorista: o olhar de diferentes gerações sobre as perspectivas para o trabalho no campo

Comemora-se em 25 de julho, em todo o Brasil, o Dia do Colono e Motorista, uma data para celebrar a todos aqueles que há gerações plantam o alimento para as cidades, os insumos para as indústrias e o desenvolvimento da zona rural. No interior do Rio Grande do Sul não é diferente. Agricultores que herdaram o ofício de seus antepassados seguem trabalhando no campo e tirando dele o sustento de suas famílias, como Hélio Kopp e Jardel Richard, produtores de tabaco integrados à Japan Tobacco International (JTI). Com diferentes trajetórias, ambos são exemplos das transformações que vêm ocorrendo no campo e da resiliência dos agricultores.

No interior de Sinimbu, na localidade de Linha da Serra, Kopp, 46 anos, cultiva, com a família, na propriedade que era de seu bisavô, 70 mil pés de tabaco. Ele e a esposa Angelita são de uma geração de agricultores que não teve acesso ao ensino regular. Pararam de estudar na quarta série, pois na época a região só contava com escolas até essa etapa e sua família não tinha condições de bancar o transporte e os estudos em outra região.

E essa não era a única limitação que enfrentavam. Quando começou a trabalhar no cultivo, Hélio relembra que os recursos eram escassos. O combate às pragas e doenças da lavoura, por exemplo, era muito limitado e isso gerava uma série de perdas.

A situação foi mudando ao longo do tempo. Atualmente, ele utiliza produtos que, mesmo em pequenas quantidades, permitem combater as pragas com muito mais eficácia, gerando mais ganhos e produtividade para a propriedade. Outra mudança significativa foi na educação, seu filho Eduardo, 16 anos, estuda atualmente na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul, a mesma na qual sua filha Helen, 19 anos, se formou. Ela já está até alçando voos mais altos: cursa Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia na Universidade Estadual do Rio Grande do Sul.

Para Kopp, o estudo fará diferença na vida de seus filhos e aconselha aqueles que  querem ficar no campo a buscar uma qualificação. “O produtor jovem precisa ter, pelo menos, o Ensino Técnico. Isso dá os conhecimentos necessários para ele sobre como conservar o solo, melhorar a produtividade e outras técnicas importantes. Eu tive que aprender  sozinho, vendo meu pai trabalhar e visitando outras propriedades. É um caminho mais difícil”, reflete. Porém, ressalta que o trabalho dos Orientadores Agrícolas da JTI também o ajudou a melhorar o cultivo ao longo do tempo.

Para o agricultor Jardel Richard a persistência faz parte do trabalho no campo

Já Jardel Richard, 31 anos, é de uma geração que teve maior acesso à educação. Com Ensino Médio completo, ele segue o cultivo de sua família na localidade de Vila Botucarai, no município de Candelária. Segundo ele, foi um dos poucos da sua turma da escola a permanecer no campo, a maior parte se mudou para a cidade em busca de melhores condições de vida. “Eles estão empregados, se desenvolvendo, têm família, mas têm um estilo de vida muito diferente do nosso”, afirma.

À frente de uma plantação de 90 mil pés de tabaco, destaca que se sente realizado no campo. “Trabalhar com a terra e ser agricultor é o que eu gosto de fazer. Além disso, somos agricultores familiares, o que permite que a gente esteja sempre junto e compartilhe bons momentos”, afirma. Ano que vem, quando seu pai se aposentar, ele, sua esposa Rosana e sua irmã Jéssica serão os principais responsáveis pela manutenção do cultivo. Para melhorar a produção, também contam com o apoio da JTI, dos Orientadores Agrícolas e participam de ações de capacitação.

Com o filho Miguel, 1 ano, Richard também aposta na educação como motor da transformação. “Quero que ele estude, faça faculdade e possa escolher o caminho que quer trilhar no campo ou na cidade”, afirma. E destaca que seja qual for sua decisão terá todo apoio da família. “Quero que ele tenha uma vida boa, se desenvolva e seja feliz”, diz.

Tanto Richard quanto Kopp lamentam as perdas que tiveram no último ano com a estiagem que abateu a região, porém, afirmam que vão seguir trabalhando firme no campo. “Já passei por situações muito difíceis. Teve um ano que deu um granizo muito forte e acabou destruindo todo o tabaco recém plantado. Mesmo assim, conseguimos superar isso, como vamos superar agora”, destaca Kopp. Já Richard afirma que a persistência faz parte do trabalho no campo. “É difícil depender tanto do clima, mas nada é fácil. É preciso se abraçar no que tu quer, no que Deus projeta e focar para alcançar os objetivos”, reflete.

Segundo Paulo Saath, Líder das Operações de Tabaco no Brasil, da JTI, é um orgulho poder contribuir com o desenvolvimento do campo e trabalhar com diferentes gerações de produtores, sendo ele mesmo originário de uma família rural. “O Brasil é o segundo maior exportador de tabaco do mundo e essa conquista é fruto da parceria entre a indústria fumageira e o trabalho dos agricultores familiares. Para nós da JTI, é motivo de orgulho ser parte desse processo e contribuir com o progresso do campo por meio de relações justas, baseadas na confiança, respeito e prosperidade mútua”, afirma.

Sobre a JTI

A Japan Tobacco International (JTI) é uma empresa internacional líder em tabaco e vaping, com operações em mais de 130 países. É proprietária global de Winston, segunda marca mais vendida do mundo, e de Camel fora dos EUA. Outras marcas globais incluem Mevius e LD. Também um dos principais players no mercado internacional de vaping e tabaco aquecido com as marcas Logic e Ploom. Com sede em Genebra, na Suíça, emprega mais de 45 mil pessoas e foi premiada com o Global Top Employer por cinco anos consecutivos. A JTI é membro do Japan Tobacco Group of Companies.

No Brasil, são mais de mil colaboradores em 10 Estados além do Distrito Federal. A operação contempla a produção de tabaco – por meio de 11 mil produtores integrados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná – compra, processamento e exportação de tabaco, fabricação, venda e distribuição de cigarros em 16 Estados do Brasil. As marcas comercializadas são Djarum, Winston e Camel, essa última também exportada para a Bolívia. Em 2018, 2019 e 2020, a JTI foi reconhecida como Top Employer Brasil.

Fonte: Assessoria