Era por volta das 13h quando o julgamento começou, no Fórum de Cascavel. Enquanto, no “palco”, a promotoria mostrava imagens para os jurados do crime, na plateia, lágrimas.
Ajoelhada, em um cantinho entre as cadeiras, e de cabeça baixa, ela chorava. Do lado, pessoas que, com carinho, usavam leques para que a mãe, desesperada, tomasse um pouco de ar e se acalmasse. Sem muito sucesso.
Com os olhos vermelhos, ela não conseguiu dizer muitas palavras a nossa reportagem. Apenas o choro, que contrastava com a cena do homem acusado pelo crime, aguardando o veredito inevitável.
A mulher, desesperada, é mãe de Alex Sandro Machado, morto em 22 de julho de 2017. O crime ocorreu em um posto de gasolina que fica na Rua Cuiabá, Bairro Alto Alegre. Ele foi atingido nas costas e morto por diversos disparos de arma de fogo. O acusado, Diego Santos Rodrigues de Souza, preso, foi a julgamento ontem por homicídio qualificado – com recurso que dificultou a defesa da vítima e perigo comum – além de uma tentativa de homicídio no mesmo dia, com as duas qualificadoras. Segundo a promotoria, a condenação total, pelos dois crimes, foi de 20 anos, 7 meses e 15 dias de prisão em regime fechado.
