Opinião

Coluna Juliano Gazola: o automático desamor

Coluna Juliano Gazola: o automático desamor

Vivemos em uma geração que valoriza o estudo para obter diploma, galgar um cargo ou posar de sabichão nas redes sociais, mas que, ao mesmo tempo, acredita piamente que é possível viver bem sem pensar muito sobre o que se faz.

Sem dúvida, vivemos numa época de glamourização da ignorância sobre os aspectos mais comezinhos da vida. É como se o conhecimento valesse para preencher uma prova do concurso, mas não para resolver os problemas concretos, sanar dramas familiares ou ter uma relação mais verdadeira com a religião.

Essa é uma geração que se orgulha de não conhecer e, por isso mesmo, que é incapaz de amar. Por esse motivo, invisto um bom tempo nos processos de bioliderança® nesse conteúdo.

Não se ama o que não se conhece e, por isso, buscar conhecer é tão importante: porque sair da ignorância é sair do desamor. Sem o desejo de conhecer, sua vida continuará a ser uma repetição mecânica de costumes e cacoetes mentais aprendidos na infância. Essa é uma vida automática, fria. E o resultado pode ser desesperador.

Contudo, você não precisa viver esse desespero e eu acredito que é possível, a partir de hoje, dar o primeiro passo para abandonar o medo e a frieza.

A cada vez que você faz algo no automático, você esfria seu coração. Viver uma vida irrefletida é viver sem intensidade.

Você já parou para pensar de onde vêm suas ações? Será que vêm da sua vontade, ou você simplesmente repete mecanicamente porque as herdou?

Não é que você não deva ter métodos e atos repetidos para alguns processos da sua vida. O que você não deve é perder o olhar humano para eles e se esquecer de que, em tudo, você é agente do que faz. Estamos aqui para fazer de nosso coração uma vela que aquece os outros, e o combustível dessa vela é a autorreflexão.

Pegue papel e caneta, pois quero propor que responda algumas perguntas.

Qual área da sua vida você sente que está esfriando? Veja se dá conta de responder essa pergunta.

E, nessa(s) área(s), o que você faz ou deveria estar fazendo rotineiramente?

Do que você respondeu acima, escolha uma e tente escrever uma justificativa para ela. Se, de alguma forma for difícil achar uma justificativa convincente, não entre em pânico, vou te ajudar nisso.

A ignorância não é bênção, mas uma maldição. Ao caminhar na ignorância, você sente o medo típico de quem caminha na escuridão. Eu acredito que esse medo é o começo da reflexão.

Ao sentir medo, abre-se para a realidade. O que devemos fazer é descobrir um princípio de aquecimento e luminosidade para as suas atividades.

Sugiro que faça isto: Veja um filme ou leia um livro sobre o assunto pelo qual você ainda possua uma rotina fria e automática. Vá atrás de pessoas que parecem agir como gente quando você age como um relógio. Encontre-as nas redes sociais, no YouTube.

Vá perguntar aos envolvidos de sua rotina fria e automática quais são as necessidades deles, e, por favor, não fuja!

Faça uma lista com coisas novas a fazer e teste todos os itens da lista. Não se esqueça de marcar a opção de prioridade em sua lista.

Posso acreditar que você é capaz disso?


Juliano Gazola é fundador da Bioliderança® no Brasil, business executive coach, reprogramador biológico

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