Opinião

Cleocir Lunardi, 30 anos de automobilismo

Cleocir Lunardi é hoje uma das pessoas mais experientes na organização de grandes competições

Cleocir Lunardi, 30 anos de automobilismo

O que era para ser só mais um emprego, tornou-se uma paixão e lá se vão 30 anos. Cleocir Lunardi está completando três décadas de bons serviços prestados ao esporte motor. Esses 30 anos são divididos em 20 como secretária do Automóvel Clube de Cascavel (de 1987 a 2008) e 10 no Kart Clube de Cascavel (de 2010 a 2020), levada por Oracildes Tavares, então presidente do clube.

Cleocir diz que, quando foi contratada para trabalhar no Automóvel Clube de Cascavel, não imaginava que iria descobrir um novo mundo, conhecer pessoas interessantes, como Delci Damian, Aurélio Batista Félix, Saul Caus, Nelson Piquet, Hélio Perini, Renato Martins, Débora Rodrigues, Rubens Gatti, Milton Sperafico e muitas outras, que, se for contabilizar, passa de três centenas. “O seo Damian abriu muitos caminhos me levando para fazer secretaria em provas de arrancada e de kart em praticamente todo o Paraná”, salienta Cleocir.

Cleocir destaca que estar 30 anos no esporte motor e sem ideia de parar é porque gosta de seu trabalho, ama estar envolvida com o sonho de muitos pilotos, e que o empenho de toda a diretoria do clube é cativante. “Amo o que faço e amo de paixão estar com os pilotinhos das categorias Mirim e Cadete”, frisa Cleocir.

Com paciência, Cleocir já trabalhou em provas importantes como Brasileiro de Fórmula Ford, Fórmula Truck, Sul-Americano de Fórmula 3, mas destaca que os dois brasileiros de kart em Cascavel (2012 e 2019) e a Copa Brasil de Kart de 2016 foram a realização de um sonho. “Em 2012 trabalhamos muito para reformar o kartódromo e aquele Brasileiro foi fantástico, com recorde de pilotos na segunda fase. Depois veio a Copa Brasil e novamente o Brasileiro no ano passado. Sempre sonhamos com essas competições em Cascavel e, quando começavam os treinos, a gente tinha a certeza de que elas estavam em Cascavel”.

 

Muitos talentos

Nesses 30 anos, Cleocir viu muitos talentos no Autódromo Zilmar Beux ou no Kartódromo Delci Damian. Ela lembra dos pegas entre Jaime Melo Júnior, Ricardo Sperafico, Rodrigo Sperafico e Marcelo Vaz e mais tarde as atuações de Ivan Rossoni Filho. Ela lamenta que nem um desses pilotos não tenha chegado à Fórmula 1, mas isso faz parte do esporte. Outros pilotos virão e, quem sabe, um chegará à principal categoria do automobilismo mundial. “Quem sabe não será o Felipe Drugovich, que competiu muitas vezes em Cascavel e no passado veio treinar aqui durante as suas férias para não perder os reflexos”, torce Cleocir.

 

Tristezas

Mas nem tudo são festas, champanhe no pódio. Cleocir diz que teve duas tristezas ligadas ao esporte. A primeira foi a morte de Aurélio Batista Félix, criador da Fórmula Truck, e a outra foi a morte do piloto Siciliano Bodaneze, que foi atropelado por um kart quando tentava ajudar o irmão que tinha rodado na pista.

 

Fernando Alonso

Na Fórmula 1 tudo pode acontecer, e o impossível passa a ser possível. O espanhol Fernando Alonso pode estar voltando à categoria e novamente para equipe Renault, na qual já teve duas passagens. O anúncio poderá ser feito a qualquer momento.

Pandemia

Com o decreto do governador Ratinho Júnior impondo restrições de isolamento em função da pandemia do coronavírus, até domingo, todos os autódromos e os kartódromos do Paraná estão fechados para treinos. A expectativa é de que segunda-feira Cascavel e Curitiba voltem a ter treinos liberados.