Policial

Cascavel tem média de uma morte violenta a cada três dias em 2022

O levantamento informou que 80,77% dos assassinatos foram elucidados, bem como 81,58% das tentativas

Cascavel tem média de uma morte violenta a cada três dias em 2022

Cascavel – A Sesp (Secretaria de Estado da Segurança Pública) divulgou no início da semana que o Paraná registrou queda no número de mortes violentas intencionais em 2021. O balanço indicou uma redução total de 5,7% em relação ao ano anterior, passando de 2.113 mortes em 2020 para 1.993 em 2021. Em Cascavel, conforme dados da Polícia Civil, o número de crimes violentos contra a vida também caiu.

Em 2021, a Delegacia de Homicídios registrou 52 mortes entre homicídios (50) e feminicídios (2), e 38 crimes tentados. O levantamento informou que 80,77% dos assassinatos foram elucidados, bem como 81,58% das tentativas.  No ano passado, a Polícia Civil de Cascavel contabilizou aumento no percentual de elucidações ao comparar com 2020, que ficou na casa dos 70%. Isto resulta em uma redução de 5,45% nos homicídios consumados, 50% nos homicídios tentados, e de forma geral redução de 31,29% na quantidade de crimes, se comparados a 2020.

Ainda sobre as ações da Polícia Civil em Cascavel em 2021, foram feitas 15 prisões em flagrante, cumpridos 39 mandados de prisões, além do cumprimento de 30 mandados de busca e apreensão domiciliar.

2002 mais violento?

Apesar da queda nos índices, o ano de 2022 começou bastante violento, com pelo menos 18 assassinatos confirmados até a tarde de ontem (22), três a mais que os 15 registrados no mesmo período em 2021. Restando pouco menos de uma semana para o fim do mês de fevereiro, a média é de praticamente uma morte a cada 3 (2,8) dias em Cascavel. Os dados são preocupantes e disparam o alerta nas forças de segurança pública e em toda a população.

No final da noite da última segunda-feira (21), quatro pessoas, sendo dois homens e duas mulheres, foram baleadas na cabeça dentro de uma residência no Bairro Brasília. Até o fechamento da matéria houve a confirmação da morte de mais três vítimas, sendo que uma entrou em óbito no local do crime, uma faleceu no Hospital Bom Jesus, em Toledo, pela manhã, e as outras duas tiveram a confirmação do óbito na tarde de ontem (22), no Huop (Hospital Universitário do Oeste do Paraná).

Conforme o capitão Diego Astori, comandante da 1º Companhia do 6º Batalhão de Polícia Militar, o principal suspeito de efetuar os disparos e o ex-marido de uma das vítimas. O suspeito ainda não foi localizado e possui diversas passagens pelo setor policial. “Estão sendo realizadas diligências no intuito de encontrá-lo. Ele já possui anotações criminais pelos crimes de trânsito, violência doméstica contra a vítima e envolvimento com tráfico de drogas”, disse o capitão.

No último fim de semana, mais duas mortes foram registradas pela Polícia Civil. No sábado (19), uma mulher morreu dentro de casa, no Bairro Coqueiral, em um incêndio que é tratado como criminoso. Imagens de câmera de segurança mostraram dois jovens com galão de combustível chegando ao endereço e deixando o local no instante em que o fogo inicia.

Já no domingo (20), um homem foi encontrado morto dentro de um imóvel no Bairro Guarujá. A vítima apresentava perfurações pelo corpo, causadas por disparos de arma de fogo.

A Delegacia de Homicídios segue investigando estes e outros casos que ainda não foram elucidados. A população pode colaborar com denúncias, de forma anônima, pelos telefones 190, 197 e 153.

Expectativa de mais segurança

No último dia 15, os 66 novos alunos aprovados no concurso para agentes da Guarda Municipal de Cascavel iniciaram o curso de formação, realizado pela Polícia Militar. Após a conclusão do curso, a corporação passará a ter 149 agentes que auxiliam os demais órgãos de segurança pública.

Na oportunidade, o prefeito Leonaldo Paranhos destacou que, atualmente, a guarda possui uma corporação experiente e capacitada. “Nossa meta não é substituir as polícias civil e militar, que fazem a segurança pública, nosso desafio é complementar os trabalhos”, diz.

Segundo o secretário municipal da Semppro (Secretaria Municipal de Política Sobre Drogas e Proteção à Comunidade), Antonio Volmei dos Santos, o curso de formação tem duração de quatro meses, mas em apenas dois os alunos já estarão auxiliando nas ruas junto com guardas municipais antigos e policiais militares para entender o trabalho do dia a dia.

 

FOTOS: Luiz Felipe Max/Portal SOT