Cotidiano

Um anjo que voltou ao céu

Ainda criança, a habilidade que Eduardo Marcon demonstrava com o futebol é algo que contagiava os pais. “Aos quatro anos ele já batia balãozinhos com a bola”, lembra o pai, Ademar Marcon.

Com o passar da infância, a família foi surpreendida com a manifestação da distrofia muscular degenerativa.

Ele enfrentou as diferentes fases da vida em uma cadeira de rodas. A adaptação para a locomoção não comprometeu os estudos e Eduardo conseguiu concluir o Ensino Médio, parte dele no Colégio Itecne.

Por outro lado, as limitações por conta da doença, deixaram distantes alguns sonhos. “Ele sempre dizia que queria voltar a andar e andar de bicicleta”, diz o pai.

Tratamento intenso

O tratamento foi intenso, à base de corticoide. Eduardo também precisava de fisioterapia e recebia atendimento no Centro Universitário FAG. “Foi uma luta dar chances para a vida dele”, afirma Marcon.

Para o futuro, o jovem planejava uma profissão não tão comum. “Ele queria cursar Engenharia Automotiva. Essa era a sua grande paixão”.

Inteligência

No dia a dia, Eduardo não hesitava em ajudar os pais. Inteligente, determinado, tinha também muito conhecimento em cálculos e na área de informática. “Comandava o computador em casa e como trabalho como fretes, sempre me ajudou”, diz o pai.

Eduardo utilizava aparelho para a respiração, mas em decorrência da distrofia que provocou falência pulmonar, faleceu no dia 25 de janeiro. O sepultamento ocorreu no cemitério Cristo Redentor, no Bairro Guarujá. Em maio deste ano, ele completaria 21 anos. Para os pais, Ademar e Lúcia, a e irmã Daniela, de 24 anos, ficam boas lembranças de Eduardo. “É um anjo que foi para o céu”.