BISMARCK, DAKOTA DO NORTE ? O magnata Donald Trump ironizou a afirmação do presidente americano, o democrata Barack Obama, de que líderes das seis nações mais industrializadas do mundo estariam ?preocupados? com o desempenho da campanha do bilionário, ?e por uma boa razão?, enfatizou o mandatário. Em entrevista coletiva na cidade de Bismarck, na Dakota do Norte, onde comemorou a conquista dos delegados necessários para ser o candidato republicano à Casa Branca, Trump fez chacota das palavras de Obama:
? Que bom que os líderes mundiais estão preocupados!
O magnata celebrou ter alcançado o número de delegados necessários para garantir a indicação republicana como candidato à Presidência dos Estados Unidos. Último aspirante republicano nas primárias, Trump deverá ser oficialmente designado candidato na convenção nacional do partido em Cleveland, Ohio, em julho.
? As pessoas que nos apoiam nos permitiram superar a barreira ? afirmou Trump, numa espécie de agradecimento acompanhado no palco por delegados do estado, que declararam apoio ao empresário.
De a agência Associated Press, Trump já ganhou o apoio de 1.238 delegados, um a mais do que os 1.237 necessários. Já a CNN diz que o pré-candidato soma os exatos 1.237. O empresário cruzou essa linha graças a um pequeno grupo de delegados que não estão comprometidos com nenhum candidato no primeiro turno da votação na convenção, mas que prometeu apoio a Trump.
O polêmico bilionário já era considerado o vencedor virtual por ser o único em campanha, coroando assim um caminho inesperado para a Casa Branca, que surpreendeu a política americana. Todos os analistas concordam que Trump obteria de qualquer maneira os 1.237 delegados necessários durante a primária republicana a ser realizada em 7 de junho, na Califórnia.
O magnata eliminou nada menos do que 16 rivais republicanos. Os dois últimos a jogar a toalha foram o senador Ted Cruz e o governador de Ohio John Kasich. Apesar do sucesso nas prévias, Trump ainda enfrenta grande resistência por parte da liderança do partido, especialmente do influente Paul Ryan, presidente da Câmara dos Representantes, que insiste em dizer que não está ?pronto? para apoiar o empresário.
Depois da desistência de seus rivais republicanos, ele passou a concentrar sua campanha nas eleições gerais, com críticas pesadas a sua provável rival democrata, Hillary Clinton. A ex-secretária de Estado rebateu os ataques, mas ainda está nas últimas etapas da disputa democrata contra o senador Bernie Sanders.