Cotidiano

Trabalhadores sem salário

Em um desabafo, a construtora Dalmina, que fez a obra de reforma do Estádio Olímpico Regional de Cascavel, afirmou que 92 trabalhadores vão passar o Natal sem receber seus salários. Segundo a empresa, o problema ocorre porque a última parcela de pagamento não foi paga por parte do município e está atrasada há 11 meses e a construtora não tem condições de arcar com os funcionários neste fim de ano. A primeira parcela do 13º foi paga, mas o salário em dezembro – referente a novembro – e a segunda parcela do 13º não estão garantidos.

De acordo com a contratada, a não liberação de recursos ocorre por conta de uma cláusula contratual, que exige o Certificado de Conclusão de Obras para o pagamento. Só que o certificado é emitido pela Secretaria de Planejamento mediante liberação do Corpo de Bombeiros. O problema é que, pelo menos por enquanto, o estádio está funcionando por meio de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta), já que diversas falhas ainda da época que o gigante foi construído impedem a liberação do Corpo de Bombeiros.

A empresa ainda afirma que esta sofrendo boicote da prefeitura, que tem direito a um reajuste anual previsto em lei, mas que a prefeitura se nega a pagar.

Outro lado

De acordo com o diretor da Secretaria de Esportes, Léo Mion, houve parecer contrário do jurídico da Prefeitura a respeito do pagamento. E quanto a isso, não há o que fazer, a menos que a empresa entre na Justiça e ganhe. “Deveria ter sido paga há quatro, cinco meses. Só que a obra não recebeu o certificado de conclusão, é uma cláusula contratual. O Estádio funciona por meio de um TAC. Não tem como fazer um pagamento sem isso”, lamentou.

Uma das possibilidades levantadas pela prefeitura é de terceirizar uma empresa para administrar o gigante que, mesmo sem ser usado, gera um gasto de R$ 40 mil por mês e que, por falta de segurança e de câmeras de monitoramento – itens que não foram previstos pela administração anterior para a reforma -, não pode receber um público maior do que 10 mil pessoas.