Cotidiano

Terceirização vai facilitar geração de empregos, diz Meirelles

INFOCHPDPICT000065878354BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira que uma possível aprovação do projeto que flexibiliza a terceirização de mão de obra na sessão desta terça-feira do plenário da Câmara seria positiva para o país na expansão de empregos. Para ele, as empresas têm resistido a contratar por causa da rigidez das leis trabalhistas. O ministro falou com a imprensa após uma reunião de quase três horas com a bancada do PSDB para discutir a reforma da Previdência.

? Acredito que ajuda muito porque facilita a contratação da mão de obra temporária. Facilita a expansão dos empregos. Hoje muitas vezes a empresa resiste à hipótese de aumentar o emprego justamente por alguns aspectos de rigidez das leis trabalhistas. É importante para fazer com que funções temporárias ou em caráter não permanentes sejam viabilizadas.

O próprio líder do PSDB, Ricardo Trípoli (PSDB/SP), afirmou que, no mais tardar nesta quarta-feira, a terceirização deve ser votada na Câmara. Ele disse ainda que, na reunião com a bancada, Meirelles deixou ?as portas abertas para negociação? em relação ao projeto de reforma da Previdência. O PSDB é responsável por uma emenda que modifica o projeto em relação ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). Questionado, o ministro da Fazenda disse que aceita mudanças desde que outras medidas sejam tomadas para compensar esse gasto.

? Somos favoráveis ao maior número possível de benefícios, ao maior valor possível. A questão é que precisamos pagar por isso. E quem paga é a população brasileira. Nós não discutimos, o que eu disse é que se tirar algo, vai ter que botar algo equivalente. O que não é possível é fazermos de conta que ninguém está pagando. O efeito disso é dramático.

CARNE FRACA

O ministro falou ainda sobre a operação Carne Fraca, que investiga relação ilegal entre fiscais e donos de frigoríficos na liberação de produtos impróprios para o consumo. Segundo ele, durante reunião do G20, na Alemanha, a percepção era de que uma operação nesse porte evidenciaria a importância que o país dá para a qualidade do seu produto.

? A mensagem que eu tive na Europa é que a existência dessa operação, dessa fiscalização, mostra que o Brasil leva a qualidade do produto a sério. Se não fosse um país que levasse a qualidade do produto a sério, não tinha fiscalização nem nada.