BRASÍLIA – O presidente interino Michel Temer afirmou que acha difícil que as reformas da Previdência e trabalhista sejam aprovadas neste ano. Em entrevista a agências internacionais nesta sexta-feira no Palácio do Planalto, no entanto, Temer garantiu que a proposta de emenda à Constituição (PEC) que impõe teto para o gasto público será votada ainda em 2016.
Em 15 de junho, o governo enviou ao Congresso uma PEC para atrelar gastos públicos à inflação do ano anterior. A previsão é que esse limite prevaleça por nove anos, e poderá ser alterado nos anos seguintes.
Com a eleição do aliado Rodrigo Maia (DEM-RJ) há duas semanas para a presidência da Câmara, o Planalto voltou a ter mais expectativas para a aprovação da proposta. Maia tem dado declarações afirmando que a PEC será prioridade em sua gestão, assim como outras medidas econômicas do governo.
A cerca de um mês do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff que chegou a ser previsto para o início do mês , Temer declarou também que a indefinição no julgamento prejudica o país e atrasa a retomada do crescimento da economia. Até o julgamento definitivo, ele continuará na interinidade.
Seis agências estrangeiras participaram da entrevista: Associated Press, France Presse, Bloomberg, Reuters, Dow Jones e Xinhua.