BRASÍLIA – Numa tentativa de se aproximar do grupo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que briga internamente para se afastar de sua gestão, o presidente Michel Temer se reuniu nesta terça-feira, em seu gabinete, no Palácio do Planalto, com o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP). O tucano é um dos parlamentares mais próximos de Alckmin e votou contra a recondução do senador Aécio Neves (MG) à presidência nacional do PSDB na semana passada. A antecipação da eleição, que ocorreria só em maio de 2017, foi chamada por Alckmin de golpe branco.
O peemedebista teme que as divergências internas no PSDB podem levar a dificuldades para o governo, principalmente na votação de medidas polêmicas, como a reforma da Previdência.
Antes de se reunir com Torres, Temer conversou com outro tucano, o deputado Ricardo Trípoli, eleito na semana passada novo líder da bancada do partido na Câmara. Ele substituirá a partir de fevereiro de 2017 o atual líder, deputado Antônio Imbassahy, que deverá ser o novo ministro da Secretaria de Governo, conforme acertado entre Temer e Aécio há algumas semanas. A nomeação de Imbassahy só não ocorreu porque os deputados que integram partidos do “centrão” se rebelaram porque tinham interesse no cargo. Com isso, Temer deixará a oficialização para 2017, junto a uma minirreforma ministerial para reorganizar as posições dos aliados em seu governo.