Cotidiano

Temer chama massacre de ?acidente pavoroso? e minimiza responsabilidade de agentes públicos

TemerBRASÍLIA ? O presidente Michel Temer quebrou o silêncio nesta quinta-feira e prestou pela primeira vez solidariedade às famílias dos 56 presos mortos no massacre que aconteceu há cinco dias no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. Ele chamou o caso de ?acidente pavoroso?. Ao abrir a reunião com o núcleo institucional de segurança do governo, Temer determinou que presos de alta periculosidade fiquem instalados em alas separadas dos detentos de menor potencial violento. Ele invocou a Constituição para dizer que a situação atual, na qual presos de diferentes calibres e detentos provisórios se misturam a presos definitivos, é uma ?inconstitucionalidade?. O presidente ainda minimizou a responsabilidade dos agentes públicos no massacre, dizendo que o presídio era privatizado.

? Quero mais uma vez solidarizar-me com as famílias que tiveram seus presos vitimados nesse acidente pavoroso ? disse Temer.

O presidente disse que está sendo detalhado um novo Plano Nacional de Segurança, que prevê a contrução de cinco novos presídios de segurança máxima. E informou que serão criadas entre 200 e 250 novas vagas em cada unidade, e instalados bloqueadores de celular para cobrir pelo menos 30% das unidades em cada estado. Temer repetiu que cabe aos estados gerir a segurança pública, mas que a União tem sido provocada constantemente a ajudar.

A reunião está em andamento e conta com a presença dos ministros do governo cujas pastas têm relação com a área de segurança.