Curitiba Tem, a princípio, validade por um ano a decisão do TCU (Tribunal de Contas da União) de bloquear os bens de nove servidores da UFPR (Universidade Federal do Paraná) supostamente implicados no desvio de R$ 7,3 milhões em recursos destinados a bolsas de estudos e auxílios à pesquisa.
O caso veio à tona com a Operação Research da Polícia Federal, que levou à prisão de 27 pessoas, das quais apenas duas permanecem privadas de liberdade. A decisão de bloquear os bens desses servidores foi tomada pelo Pleno do TCU e os valores variam de acordo com a participação estimada de cada um no caso. O menor valor confiscado, no entanto, é de R$ 242 mil.
O TCU também determinou a realização de audiências com o ex-reitor Zaki Akel Sobrinho e de dois pró-reitores da época das irregularidades para que se manifestem acerca da omissão no acompanhamento e/ou fiscalização hierárquica e da falta de controles institucionais eficientes, o que propiciou a concessão e pagamento irregular, sem fundamentação legal e comprovação documental.
VERSÃO OFICIAL
Ao tomar conhecimento da decisão do TCU, a UFPR emitiu ontem uma nota oficial reafirmando o apoio da universidade à investigação. Embora o relatório impute responsabilidade aos gestores, deixa claro que a ação fraudulenta era de uma servidora. Os gestores mencionados foram convocados para esclarecimentos, mas a vice-reitora eleita não foi chamada. Uma vez mais ressaltamos o compromisso da universidade com os direitos sociais e individuais, em particular o direito à ampla defesa e à presunção de inocência, diz trecho da nota.