SUS amplia leque de terapias; conheça hoje as constelações

O SUS (Sistema Único de Saúde) tem se rendido à medicina integrativa e complementar. Tanto que essa semana o Ministério da Saúde incorporou mais dez práticas, totalizando agora 29 procedimentos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais oferecidos pelo sistema público de saúde.

Com isso, o Brasil passa a liderar a oferta de modalidades integrativas na saúde pública, com 5 milhões de usuários em 9.350 estabelecimentos de 3.173 municípios.

Desde 2006 são oferecidos pelo SUS os tratamentos de acupuntura, homeopatia, fitoterapia, antroposofia e termalismo. Ano passado, foram incluídas 14 práticas: arteterapia, ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturoterapia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga. Agora, somam-se à lista a apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.

A cada edição o Caderno Saúde falará um pouco sobre cada uma dessas práticas, para que você possa conhecer e saber em qual delas pode estar a solução para seus problemas.

No Paraná

As terapias estão presentes em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios brasileiros, sendo que 88% são oferecidas na Atenção Básica. Atualmente, a acupuntura é a mais difundida, com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa com 151 mil sessões, como taichi-chuan e liangong.

No Paraná, terapia comunitária, dança circular, yoga, massagem, auriculoterapia, massoterapia, arteterapia, meditação, acupuntura, tratamento osteopático e reiki são as práticas oferecidas na atenção básica em 165 municípios. Em 2017, foram registrados mais de 37 mil atendimentos individuais no Estado.

Mas afinal, o que é Constelação Sistêmica

A constelação sistêmica é um método muito antigo, desenvolvido e praticado pelos índios africanos. E foi na África onde o psicoterapeuta alemão Bert Hellinger teve acesso pela primeira vez à prática e hoje é considerado no mundo todo o “inventor” das constelações sistêmicas, porque foi ele quem a “formalizou”, identificou as chamadas 3 Leis Sistêmicas e explicou como elas influenciam na vida de cada pessoa e em seus sistema de vida e familiar.

Pertencimento, Ordem e Equilíbrio. Bert Hellinger percebeu que sempre que uma dessas leis sistêmicas é violada existem consequências. E enquanto o que foi violado não for visto e reconhecido, as consequências permanecerão, mesmo através das gerações. Essas conclusões foram obtidas a partir da observação dos efeitos dos movimentos fenomenológicos, ao longo de toda a sua experiência profissional.

Conforme a teoria das constelações, toda a informação que está violada ou desequilibrada afeta a todos de um sistema familiar em graus diferentes e de formas diferentes. As violações acontecem geralmente por julgamento moral ou pela dor causada.

As gerações seguintes não estão livres. Cada criança é uma “esperança” para o sistema. Cada um é a essência do seu sistema. Cada pessoa é uma oportunidade de equilibrar o que foi violado e assim todos podem começar a olhar para um futuro diferente.

Quando se compreende essas Leis Sistêmicas, é possível experimentar a vida com mais consciência, atuando e impactando o entorno com essa nova expressão.

Mudanças

Nas Constelações é possível identificar onde o fluxo de ir adiante do cliente está "obstruído". Identificar, reconhecer, apreciar e agradecer. E então e só então emergem novas possibilidades. É tudo muito simples. Mas ao mesmo tempo muito complexo. Você identifica o problema. Faz o movimento. E seu sistema se organiza.

Essas "obstruções" acontecem por vínculos de lealdade geradas pela violação das necessidades de pertencimento, ordem e equilíbrio nas relações, ou seja, cada indivíduo nasce com "tarefas" pertinentes a cada sistema. Então, considera-se que a pessoa sempre está a serviço do próprio sistema, cada indivíduo se encontra nessa tarefa, independente da própria vontade e independente de saber ou crer nesses vínculos.

A partir do movimento fenomenológico que acontece nas Constelações, observa-se o que se mostra, além do aparente, ou além do que está consciente e, a partir dessa observação tomar outras atitudes que até então não eram possíveis. Esse movimento interno pode ser consciente e também muitas vezes inconsciente.