Medidas para enfrentar a depressão dentro dos ambientes universitários serão debatidas pela Câmara de Vereadores de Cascavel, assim que encerrar o recesso administrativo. A preocupação veio a tona após uma acadêmica de Medicina da Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), de 21 anos, cometer suicídio, sexta-feira passada. O caso é apurado por meio de uma sindicância aberta pela instituição de ensino e o parecer deve ser publicado ainda esta semana, conforme decreto assinado pelo reitor interino, Moacir Piffer. A previsão é que logo na primeira semana de agosto seja marcada a audiência pública.
A iniciativa no Legislativo cascavelense partiu do vereador Alécio Espínola (PSC), que pretende incluir na próxima semana o requerimento de uma audiência pública para discutir as supostas causas de suicídios em Cascavel. Por ser um polo universitário, Espínola acredita que a cobrança acadêmica seja um elemento que provoca influências nos comportamentos dos jovens matriculados. “Estamos em uma cidade universitária e recebemos jovens de todos os lugares. Vamos convidar representantes de todas as universidades, Delegacia de Homicídios, 10ª Regional de Saúde, Secretaria de Saúde e Secretaria Antidrogas para um amplo debate”.
O caso da jovem estudante de Medicina causou outras reações em diferentes esferas, além da política. Nesta sexta-feira pela manhã pretendem fazer uma manifestação para relembrar a acadêmica. O ato será na Reitoria da Unioeste.
Espaço ecumênico
Diante dos casos frequentes de depressão no ambiente universitário, professores buscaram o vereador Alécio Espínola (PSC) para que seja implantado um espaço ecumênico dentro da Unioeste – obra que não pode ser executada com recursos públicos, pois se trata de uma instituição laica – ou seja – livre de religiões. A construção dependeria de doações da iniciativa privada e da aceitação de parte do corpo docente, que é contra esse tipo de influência ecumênica na universidade pública.