MIAMI ? O impedimento do retorno de jornalistas internacionais à Venezuela, que iriam cobrir a marcha ?Ocupação de Caracas?, desmascarou o lado autoritário do governo de Nicolás Maduro, afirmou nesta sexta-feira a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
Em nota, a SIP condenou o governo venezuelano por não oferecer as garantias ao exercício do jornalismo e o culpou pelo declínio da liberdade de imprensa e de expressão no país.
O protesto de quinta-feira pela realização do referendo revogatório contra Maduro reuniu mais de um milhão de pessoas, segundo a oposição. Para o presidente da SIP, Pierre Manigault, o governo de Maduro ?está longe de padrões democráticos?.
Na quarta-feira, as autoridades de imigração negaram o retorno ao país de correspondentes de vários países alegando que eles não tinham permissão para trabalhar.
Entre os barrados na imigração estão Jim Wyss, do ?Miami Herald?, e John Otis, da rádio pública NPR e do Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), ambos dos Estados Unidos.
Também foram impedidos de entrar uma equipe de jornalistas da al-Jazeera procedente da Argentina, Marie-Eve Detoeuf, do francês ?Le Monde?; César Moreno, da Rádio Caracol, e Dora Glottman, da TV Caracol ? os dois últimos da Colômbia.