Enfrentar dias quentes como os que têm sido registrados não é nada fácil, imagina sem ter uma gota de água em casa. Isso é o que os moradores do Distrito do Rio do Salto sofrem diante de quedas constantes no abastecimento das moradias.
Com as altas temperaturas, os temporais também são frequentes, a exemplo da última quarta-feira, e esse é o principal motivo para que a água encanada não chegue até as torneiras. Sem luz, o sistema da Sanepar fica comprometido.
A interrupção é prolongada até mesmo por 24 horas como relatado por moradores do distrito na tarde de sexta-feira (16). A informação é de que por volta das 14h da quinta-feira houve queda de energia e com isso o abastecimento da água só voltou a ser normalizado neste mesmo horário do dia seguinte.
Não por acaso, a equipe encontrou o caminhão da Sanepar completando o reservatório de água para que a distribuição pela rede de água ocorresse de forma mais rápida.
“Essa dificuldade já vem de tempos. Melhorou por um curto período e agora voltou. Sempre que cai a energia, ficamos sem luz e sem água”, comenta Suzana Bueno.
A alternativa para amenizar o problema das famílias é a água de minas. “Isso é o que a maioria dos moradores têm feito”, diz Suzana ao acrescentar que conta com mina na casa da irmã, não muito longe de onde mora.
Maratona
Já o abastecimento da casa de Nivaldo Santos exige um esforço maior. “Precisamos andar uns quatro quilômetros até a mina”, afirma.
O morador lamenta que nenhum investimento tenha sido feito para acabar de vez com o transtorno da comunidade e fato de que um dos reservatórios está sem funcionamento há dois anos. “A gente precisa de água para tudo e ficar mais que o um dia sem nada na torneira é muito ruim”.
Justificativa
A Sanepar reconhece as dificuldades do distrito, sobretudo, neste mês. “Infelizmente neste mês de março tivemos pelo menos cinco ocorrências que causaram algum transtorno no abastecimento do distrito”, afirma em nota a assessoria.
Os problemas na operação do sistema, esclarece a assessoria, são distintos, sem relação um com o outro.
A primeira situação do registro da falta de água ocorreu no dia 2 e segundo a assessoria da Sanepar, por um rompimento de rede. Já no dia 6 a justificativa é de que houve problema elétrico e no dia 8, no sistema de bombeamento. “Esses dois casos foram sim na mesma estação reservatória”, acrescenta a nota.
Em relação à interrupção no dia 9, a assessoria esclarece que “o problema foi registrado na linha física de transmissão de dados da OI na área do poço”.
Investimentos
De acordo com a assessoria de imprensa da Sanepar existem projetos para novos investimentos para ampliação do sistema de abastecimento, porém, “ainda não há previsão de início das obras”.
Caixas d’água
Em grande parte das casas do distrito, moradores não contam com caixa d’água externa. A Sanepar deixa um alerta baseado em normas técnicas: “A orientação é para que os clientes instalem caixa-d’água no imóvel, conforme recomendação da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). A Sanepar sugere que cada imóvel tenha uma caixa-d’água de pelo menos 500 litros. Assim, é possível ter água por 24 horas, no mínimo”.