Cotidiano

Secretário de Tesouro americano vê riscos em saída britânica da UE

2016 914586100-201606071043357060_AFP.jpg_20160607.jpgNOVA YORK – O secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, alertou que a economia global pode ser afetada caso os eleitores britânicos decidam pela saída da União Europeia no dia 23 de junho.

?É do interesse da Europa, do Reino Unido, da economia global e da estabilidade geopolítica do Reino Unido permanecer na União Europeia?, afirmou Lew em uma entrevista que será exibida no programa ?Fareed Zakaria GPS?, na CNN, neste domingo, segundo uma transcrição divulgada pela rede de televisão. ?Eu só vejo aspectos negativos se o voto for em outra direção?.

Com sua declaração, Lew se uniu ao coro de líderes europeus e não-europeus sobre os riscos de se deixar a União Europeia, inclusive do presidente americano Barack Obama. O mercado financeiro foi abalado nos últimos dias com investidores considerando a possibilidade do chamado ?Brexit? (?Britain?, Grã Bretanha + ?exit?, saída). A libra caiu pela segunda semana seguida após pesquisas de opinião mostrarem que a disputa está dividida.

Lew repetiu a afirmação do presidente Obama de que o Reino Unido teria que aguardar o fechamento de um acordo comercial com a União Europeia antes da negociação de um acordo entre EUA e Reino Unido, apesar da proximidade entre os dois países.

?Está totalmente nos interesses econômicos e de segurança de Reino Unido, Europa e o mundo que o Reino Unido permaneça na União Europeia. Mas é óbvio que é uma decisão a ser tomada pelos eleitores britânicos.

CRESCIMENTO SUSTENTADO

A despeito da fraca geração de empregos em maio nos Estados Unidos, Jacob Lew se mostrou animado com as expectativas para a economia americana. Foram criados apenas 38 mil postos de trabalho nos Estados Unidos em maio, o pior desempenho desde setembro de 2010. Em meses anteriores, a média de geração de vagas foi de 229 mil.

Lew citou a forte demanda dos consumidores por veículos e outros bens duráveis, além da melhora no mercado de imóveis. Os gastos dos consumidores disparam em abril para o maior nível em sete anos com alta de 2,2% de bens duráveis, segundo o Departamento de Comércio.