PORTSMOUTH, EUA ? O senador Bernie Sanders subiu ao palco de um comício pela primeira vez para apoiar a ex-secretária de Estado Hillary Clinton à Presidência dos EUA, encerrando assim meses de disputa. Ao lado de Hillary, Sanders agradeceu a seus eleitores e congratulou a ex-primeira-dama por conseguir a indicação do Partido Democrata.
? Subi aqui não para falar do passado, mas para me concentrar no futuro. Para deixar o mais claro possível que apoio Hillary ? disse Sanders. ? Esta campanha não é sobre Hillary ou sobre Sanders. É sobre as necessidades do povo americano.
Sanders destacou pontos que sempre foram caros à sua campanha e que espera que Hillary defenda caso seja eleita em novembro, como o aumento do salário mínimo, assistência médica e indicação para a Suprema Corte.
No Twitter, o candidato republicano, Donald Trump acusou Sanders de ter se vendido a Hillary.
A convenção democrata, onde Hillary será designada candidata do partido para a eleição do dia 8 de novembro, ocorrerá em duas semanas na Filadélfia. Hillary ganhou as primárias dos estados, que terminaram no início de junho.
Há vários dias, os sinais de esfriamento aumentaram por parte de Sanders, que inicialmente havia declarado que não se daria por derrotado antes da convenção. Mas no fim de junho, admitiu que votaria em Hillary e que faria todo o possível para impedir a vitória do republicano Trump nas eleições presidenciais. Sanders também explicou que negociaria com os assessores de Hillary para conseguir que o programa do Partido Democrata para os próximos anos, que deve ser ratificado na convenção da Filadélfia, seja “o mais progressista possível”.
Entre os temas prioritários do senador de 74 anos, situado claramente mais à esquerda do que Hillary, e cuja campanha entusiasmou boa parte da juventude americana, estão a universidade gratuita, ampliação do acesso à cobertura médica, salário mínimo de 15 dólares por hora (contra 7,25 dólares atualmente), reforma do sistema judicial e uma política mais firme contra as mudanças climáticas.