São Paulo – O valor de R$ 954 para o salário mínimo deste ano não é suficiente para recompor o poder de compra do brasileiro. É o que aponta levantamento do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). O aumento de 1,81% (em relação ao valor que vigorava em 2017) ficou abaixo da inflação medida pelo INPC, de 2,07%. Por isso, o Dieese pede a revisão do reajuste anunciado, de modo a "devolver ao salário mínimo o poder de compra do início do ano passado".
A pesquisa indica ainda que o valor do salário mínimo de 2018 voltou ao nível de 2015. Na época, o mínimo nominal era de R$ 788, mas passa para R$ 953,87 quando corrigido pela inflação acumulada desde então.
Para além disso, contudo, a correção abaixo da inflação ainda deve ter forte impacto sobre os gastos com benefícios sociais por parte do governo. É que haverá um aumento de quase R$ 382 milhões nos gastos previdenciários, o equivalente a 1% do total gasto com os benefícios pagos pelo País.