RIO – Os tripulantes do transatlântico Costa Diadema ganharam um reforço de última geração. É o robô Pepper, desenvolvido para captar emoções e interagir com seres humanos, que desde a última terça-feira pode ser visto a bordo do maior navio da Costa Cruzeiros, que realiza cruzeiros de sete dias no Mediterrâneo.
Na verdade são cinco robôs do modelo, distribuídos por diferentes áreas, onde devem interagir com os passageiros. A ideia é que os “marinheiros eletrônicos” tirem dúvidas a respeito dos serviços do navio (de horários de restaurantes a tratamentos do spa), ajudem os passageiros a se localizar a bordo, orientem a respeito dos passeios em terra e façam pesquisa de satisfação. Eles podem ser simplesmente abordados, mas também estão programados para tomar a iniciativa em alguns momentos. Projetados para conviver com as pessoas, Pepper também consegue fazer selfies.
Criado pelo grupo japonês Softbank Robotics e lançado em 2014, o robô Pepper a serviço da Costa está programado para interagir em três idiomas: inglês, italiano e francês. O modelo, que tem formato humanoide para facilitar a aproximação com as pessoas, foi equipado com recursos que permitem reagir a estímulos do meio externo, além de reconhecer diferentes tons de voz e expressões faciais dos interlocutores.
Em setembro, mais cinco unidades deverão ser incorporadas à tripulação, só que em outro navio, o Costa Fascinosa.
Robôs aos poucos ganham espaço no setor de cruzeiros. Em abril, o modelo Pepper começou a ser usado pela primeira vez em alto no AIDAprima, mais recente navio da Aida (parte do grupo Carnival, o mesmo da Costa Cruzeiros), também para interagir com passageiros.
Antes, a Royal Caribbean inovou com o Quantum of the Seas, onde dois braços robóticos preparavam drinques no Bionic Bar, serviço que está presente em outros dois navios da armadora, o Anthem of the Seas e o recém-lançado Harmony of the Seas.
A hotelaria também começa a se aproveitar dessa tecnologia. Em 2014 o hotel Aloft Cupertino, em pleno Vale do Silício, na Califórnia, começou a usar o modelo Botlr, que no ano seguinte foi testado nas Miami South Beach e Manhattan Downtown. Sua função era recolher e entregar toalhas na área da piscina.
Em 2011, o Yotel de Nova York anunciou que teria robô só para guardar malas, e até hoje este é um dos chamarizes do hotel.