Cotidiano

Rio lidera o ranking de estados com maior proporção de eleitoras

20160718-160907.jpgRIO ? As eleições municipais de 2016 serão as primeiras em que todos os estados apresentam um eleitorado feminino maior do que o masculino. O número de brasileiras com título de eleitor já era maior do que o de homens desde 2000, mas a tendência não era observada quando se analisava cada unidade federativa individualmente. Os dados fazem parte de um levantamento disponível no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eleições 2016 – Serviços especial

No ranking de participação feminina no eleitorado, o Rio de Janeiro vem em primeiro lugar, com 53,48%, seguido por Pernambuco (53,42%) e Alagoas (53,22%). Por último, ficam Tocantins (50,03%), Mato Grosso (50,24%) e Pará (50,24%). Embora, no total, as mulheres respondam por 52% dos votos, com 75.226.056 eleitoras cadastradas, elas são apenas 32% dos candidatos a cargos municipais em 2016.

As eleições municipais no Rio de Janeiro praticamente espelham a estatística nacional: são 3 candidatas à prefeitura, contra 8 candidaturas masculinas. Para o cargo de vereador, 31,48% dos postulantes são mulheres. Já em São Paulo, a desigualdade é maior: Marta Suplicy (PMDB) e Luiza Erundina (PSOL) são as duas únicas mulheres em uma corrida com 11 candidatos no total, representando menos de 20%. Entre os concorrentes a uma vaga na Câmara municipal, entretanto, elas são quase 31%.

Apesar de nenhuma Constituição brasileira proibir explicitamente o voto feminino, as mulheres só passaram a frequentar as urnas a partir da publicação do Código Eleitoral de 1932. O artigo 2º deixou claro que o direito ao voto não era exclusividade masculina: ?É eleitor o cidadão maior de 21 anos, sem distinção de sexo, alistado na forma deste Código?.

ESCOLARIDADE E FAIXA ETÁRIA

As estatísticas divulgadas mostram que, entre os 144 milhões de eleitores (eram aproximadamente 142,5 milhões nas eleições de 2014), a maioria tem baixa escolaridade: são 28,58% com ensino fundamental incompleto, além de 10,74% que apenas leem e escrevem e 4,85% de analfabetos.

Quando a escolaridade leva em conta o sexo do eleitor, há mais mulheres no grau mais baixo: 52,5% contra 47,5%. Entretanto, elas são muito mais numerosas entre votantes com superior incompleto e completo: 55,3% e 60,4%, respectivamente.

A faixa etária que concentra o maior número de eleitores é a que vai dos 30 aos 34 anos, com pouco mais de 16 milhões de pessoas, ou 11,23%. Nesse grupo, o número de homens tem uma leve desvantagem: eles somam 48,33% do total. As diferenças vão se aprofundando com o envelhecimento da população. Quando considerados os eleitores acima de 79 anos, 55,82% são mulheres.

Viu alguma irregularidade na campanha? Fotografou? Fez um vídeo? Mande para o WhatsApp Eleições 2016 do GLOBO: (21) 99999-9114