ROMA – Em uma nova operação de resgate no Mediterrâneo, a Marinha da Itália socorreu junto a grupos humanitários e navios de patrulha cerca de 2.700 imigrantes em 22 barcos que vinham da costa da Líbia nesta segunda-feira. As autoridades recuperaram os corpos de 15 pessoas, informou a Guarda Costeira.
Os esquadrões presentes em dois barcos de patrulha e dois helicópteros ainda estavam procurando sobreviventes no início da noite, além de outras vítimas, informou a Marinha. Algumas das vítimas haviam caído de um barco de borracha que sofrera um furo na estrutura e estava afundando no caminho para o Estreito da Sicília.
Após os resgates, as autoridades italianas não relataram prisões de traficantes de pessoas ? contrabandistas têm cooptado migrantes e refugiados para que pilotem por conta própria no Mediterrâneo. Os helicópteros usados têm como base o porta-aviões italiano Garibaldi, o navio-almirante da missão anti-tráfico humano da União Europeia no mar.
Nos últimos quatro dias, cerca de 13 mil migrantes aproveitaram as boas condições climáticas e atravessaram o Mediterrâneo em direção à Itália, a partir da Líbia.
Depois do fechamento das fronteiras marítimas gregas, a mais grave crise migratória vivida pela Europa desde a Segunda Guerra Mundial se concentra atualmente na Itália, onde cerca de 115 mil pessoas chegaram até o final de agosto, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), ou 93 mil, segundo o Ministério do Interior italiano.
O saldo de mortes na rota do norte da África para a Itália saltou de um imigrante para 42 pessoas que fazem a travessia ? era de um para cada 52 no ano passado, disse um porta-voz do Acnur na semana passada.