Cotidiano

Quedas pede socorro ao Ibama

Fogo consome seis mil hectares de mata nativa no projeto 4 nos últimos 15 dias

Quedas do Iguaçu – Recente relatório divulgado pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Estadual, alerta para o surgimento de uma queimada a cada 13 minutos no Paraná. Um dos municípios do Paraná mais castigados é Quedas do Iguaçu, no Médio-Centro oeste do Estado. Por lá, a fumaça cobre comunidades do interior e a cidade diariamente. Todos os dias são registrados casos de queimadas. O município conta com uma extensa área de vegetação nativa, abrigando um assentamento – Celso Furtado e mais quatro acampamentos com membros do MST (Movimento dos Sem-Terra). Quedas do Iguaçu sedia a Araupel, uma das áreas de maior conflito agrário existentes no Brasil. “Ao tentar sem sucesso controlar as chamas com nossa módica estrutura, nos restou pedir socorro ao Ibama”, disse Ladislau Stachelski, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Quedas do Iguaçu e presidente do Conselho do Meio Ambiente, sobre o problema enfrentando com as queimadas registradas no projeto 4, cujas chamas já consumiram mais de seis mil hectares de mata nativa, nos últimos 15 dias. E o fogo ainda se alastrando, por conta dos fortes ventos naquela região e da baixa umidade relativa do ar. O vídeo de uma das queimadas em mata nativa registrado por moradores pode ser visto no facebook dos jornais o Paraná/Hoje News.

Trabalhos de conscientização são feitos constantemente para reduzir o número de queimadas provocadas no município, conforme a engenheira ambiental da Prefeitura de Quedas do Iguaçu, Débora Oliveira. “O município não tem estrutura operacional para lidar sozinho com essa situação e por isso precisa urgente da intervenção das forças ambientais do governo federal para tentar debelar as chamas na mata”, destacou.

As queimadas já causaram prejuízos incalculáveis, tanto nas lavouras como no meio ambiente, principalmente por conta da morte de animais silvestres. O Conselho do Meio Ambiente emitiu uma nota de repúdio dirigida às autoridades ambientais dos governos estadual e federal. “O fogo consumiu extensas áreas de reflorestamento e por muito pouco não atingiu aviários”.