O volume financeiro exportado de janeiro a novembro deste ano em Cascavel somou US$ 313.100.871, conforme dados da balança comercial, divulgados nesta semana pelo Mdic (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços). Considerando a média do dólar durante os 11 meses, de R$ 3,18, é possível afirmar que as transações externas no município foram de quase R$ 1 bilhão.
Comparativamente ao mesmo período de 2016, as exportações subiram 13,7%. A venda de carnes e miudezas de aves foi o que impulsionou o comércio exterior, e encabeça a lista dos produtos mais vendidos a outros países neste ano. Foram mais de US$ 126 milhões, e cerca de 70 mil toneladas de frango, comercializadas principalmente aos asiáticos. O produto responde por 40% de tudo que saiu de Cascavel desde janeiro.
A soja está na segunda colocação quando o assunto é vendas. Com a oleaginosa, foram contabilizados US$ 30,6 milhões, pouco mais de R$ 97 milhões. O montante é 5,7% maior do que o registrado no ano passado. De janeiro a novembro deste ano, quase 80 mil toneladas do produto seguiram a outros países.
Os adubos seguem na terceira posição, com US$ 27,1 milhões exportados no período. Na lista estão ainda as carrocerias para veículos (US$ 20,3 milhões) e a carne suína (US$ 19,3 milhões).
Segundo o economista Camilo Motter, este foi um ano excepcional em produção, o que contribuiu para o crescimento das exportações cascavelenses. “A produção de grãos foi boa, houve uma retomada do setor de carnes, que dispara em grande volume nas vendas externas. O agronegócio vem respondendo pesado e as exportações seguem centradas nele”, relata.
Ranking das exportações
1º Carnes e miudezas de frango US$ 126.068.923
2º Soja, mesmo triturada US$ 30.605.533
3º Adubos US$ 27.169.659
4º Carrocerias para veículos US$ 20.301.522
5º Carne suína US$ 19.338.531
6º Óleo de soja US$ 17.104.000
7º Carnes bovinas US$ 16.623.478
8º Carnes e miudezas, comestíveis, salgadas ou em salmoura, secas ou defumadas US$ 11.904.690
9º Milho US$ 10.425.715
10º Miudezas comestíveis de animais das espécies bovina, suína, ovina, caprina, cavalar, asinina e muar US$ 8.191.459
Importações subiram 6,7%
As importações também subiram entre janeiro de novembro. De acordo com o Mdic, foram importados US$ 165.889.423, o que representa em torno de R$ 527 milhões. Desta forma, houve um acréscimo de 6,7% em relação ao mesmo período de 2016, quando a balança comercial registrou a importação de US$ 155 milhões.
Entre os produtos mais importados estão os adubos, com US$ 36,9 milhões, além dos tradicionais tiocompostos orgânicos (US$ 32 milhões), adubos com compostos de potássio (US$ 15,5 milhões), trigo (US$ 15,4 milhões) e preparações para alimentação de animais (US$ 9,4 milhões).
O economista explica que as importações seguem o mesmo fenômeno das exportações, com destaque ainda para o agronegócio. “Mas, o que é preciso ressaltar é que houve um superávit significativo das exportações em relação às importações – quando se vende mais produtos do que se compra. Podemos afirmar ainda que Cascavel contribuiu para esse grande resultado registrado em todo o País”, aponta.
Ranking das importações
1º Adubos US$ 36.985.615
2º Tiocompostos orgânicos US$ 32.072.532
3º Adubos (potássicos) US$ 15.599.269
4º Trigo US$ 15.459.685
5º Preparações dos tipos utilizados na alimentação de animais US$ 9.416.871
6º Partes e acessórios dos veículos automóveis das posições US$ 8.666.214
Adubos (azotados) US$ 6.057.463
Provitaminas e vitaminas, naturais ou sintéticas (incluídos os concentrados naturais) US$ 5.071.440
9º Polímeros de etileno, em formas primárias US$ 4.650.443
10º Papel e cartão revestidos de caulino ou de outras substâncias inorgânicas US$ 3.187.038