MANILA – Após ter criado muita polêmica e constrangimento ao criticar duramente o chefe da Casa Branca, Barack Obama, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, vem sugerindo que quer ser amigo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, e do presidente russo, Vladimir Putin. Duterte parabenizou o magnata republicano pela vitória nas eleições da semana passada e disse que estava ansioso para se encontrar com o chefe do Kremlin durante uma cúpula em breve. O presidente filipino conduz uma sangrenta guerra contra as drogas em seu país e, em poucos meses de governo, já foi protagonista de episódios de mal-estar diplomático por conta da sua linguagem extremamente agressiva contra líderes internacionais. trump
Duterte, que é muito criticado por sua linguagem obscena e pela violenta repressão às drogas, fez comentários otimistas sobre o presidente eleito e Putin em entrevista coletiva de terça-feira.
Perguntado se seus laços com os Estados Unidos podem melhorar sob a administração Trump, o presidente filipino respondeu:
? Tenho certeza, não temos discussão. Posso sempre se amigo de alguém.
No entanto, o presidente filipino já chamou o Papa Francisco e o presidente americano, Barack Obama, de ?filho da p…?. E estes foram apenas dois episódios de uma série de declarações surpreendentes.
Conhecido pelas frases de efeito, Duterte tomou posse em junho. Desde então, cerca de 3 mil suspeitos de ligação com o tráfico foram mortos, despertando temores das Nações Unidas, da UE, dos EUA e de grupos defensores de direitos humanos.
Irritado com as críticas de Washington, o presidente filipino declarou em outubro que deseja reduzir a presença das tropas americanas em seu país. Ele afirmou que as manobras militares ? realizadas em virtude de um tratado de mútua defesa ? serão as primeiras e últimas de seu mandato.
? Não gosto dos americanos ? afirmou no domingo. ? Eles me repreendem publicamente. Por isso, digo a eles: ?Vão se f*…? ? afirmou, acenando com a possibilidade de se voltar para Pequim e Moscou.
Sobre Putin, Duterte disse que vem buscando uma reunião com seu homólogo russo na cúpula que acontecerá neste fim de semana no Peru. Ele ressaltou que os dois tem a paixão pelas armas como uma característica em comum e deseja que os dois países sejam ?melhores amigos?.