Guaraniaçu O fechamento das escolas do campo Coração de Jesus e Manoel Ribeiro Magalhães, de Guaraniaçu, foi descartado ontem pela secretária de Educação Edi Queiroz Sandri.
Na semana passada, a prefeitura atendeu a pedido do Ministério Público que pretendia melhorar a qualidade do ensino ofertado nos dois locais, já que as escolas funcionam de forma multisserial, quando todos os alunos, independente da idade, frequentam a mesma sala de aula. A troca, segundo a prefeitura, favoreceria a distribuição dos estudantes e, consequentemente, o aprendizado.
No entanto, pais de alunos das comunidades de Bela Vista e Borman, onde estão localizadas as duas escolas, recusaram a proposta, principalmente por ocasionar transtornos que, conforme eles, são desnecessários às crianças.
Para se ter uma ideia, havia casos de que um aluno que estuda à tarde ia sair às 9h45 e só retornaria para casa depois das 19h. É muito tempo para uma criança de sete ou oito anos ficar fora de casa, conta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Guaraniaçu, João Domingos Paludo, que no início da semana participou de conversas com o MP e a secretária de Educação em defesa dos pais e alunos.
Conforme Edi, 23 alunos seriam transferidos a uma escola municipal, na comunidade São Judas. Com a mudança, os estudantes percorreriam oito quilômetros todos os dias. Era uma maneira de separar as turmas, cada um na sua série conforme a faixa etária. Mas, como os pais foram contrários à decisão, reabrimos ontem as duas escolas, que voltaram a funcionar normalmente, relata a secretária Edi Queiroz Sandri.
Sem autorização
Paludo rebate e diz que as transferências não foram autorizadas pelos pais. Com o pedido atendido, o protesto que seria realizado ontem em prol da manutenção das escolas foi cancelado. Ontem, quarta-feira (18), não houve aula em nenhuma das instituições envolvidas no caso, com retorno programado para hoje.