Cotidiano

Planalto opta por silêncio oficial sobre prisão de Cunha

BRASÍLIA – O Palácio do Planalto decidiu não se manifestar oficialmente sobre a prisão do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. A resposta protocolar que está sendo divulgada pela Secretaria de Imprensa da Presidência (SIP) é que não há preocupação, dentro do governo, com uma eventual delação do peemedebista que deu o pontapé inicial no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

? O governo tem zero preocupação quanto a uma eventual delação. O Planalto não interfere na Lava-Jato e a prisão de Cunha é uma ação da Justiça, um poder independente ? afirmou o secretário de imprensa, Márcio Freitas.

Segundo ele, Temer ainda não foi informado sobre a prisão. A SIP nega que Temer tenha antecipado o retorno ao Brasil. Afirma que o presidente cumpriu toda a agenda programada para o último dia da visita oficial em Tóquio, que se encerrou com um jantar com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, e em seguida embarcou, por volta das 11h30, horário de Brasília. A própria secretaria de imprensa do Planalto, no entanto, havia informado que Temer daria uma última entrevista coletiva antes de voltar ao Brasil, às 9h30 da manhã (horário de Brasília), que acabou não acontecendo.

A justificativa para o silêncio do Planalto sobre o caso é o fato de o presidente Michel Temer estar em voo. Ele ainda não fez a primeira escala técnica, que será na costa oeste dos Estados Unidos.

No Planalto, auxiliares de Temer mantém a agenda. O ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) almoçou fora e ao retornar ao Planalto recebeu líderes da base aliada. O ministro da Casa Civil recebe logo mais os ministros da Saúde, Ricardo Barros, da Integração, Hélder Barbalho, e das Cidades, Bruno Araújo, para um debate sobre saneamento.