BRASÍLIA – A operação Métis foi antecipada para essa sexta-feira porque a Polícia Federal desconfia que investigados sabiam do inquérito sobre a suposta contraespionagem. Quatro policiais legislativos foram presos por suspeita de ajudar senadores investigados pela PF. A ação, que seria deflagrada nos próximos dias ou semanas, teve que ser decidida ontem à noite.
Após parecer do Ministério Público, o juiz da 10º Vara da Justiça Federal de Brasília autorizou as buscas e prisões temporárias. A PF investiga se os policiais legislativos do Senado faziam uso indevido de equipamentos de escutas telefônicas.
Um dos presos hoje é o chefe da polícia legislativa, Pedro Ricardo Araújo Carvalho. Os outros três são: Geraldo Cesar de Deus Oliveira, Everton Taborda e Antonio Tavares.
O ex-presidente do Senado e da República José Sarney (PMDB-MA) e os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Collor (PTC-AL) e Gleisi Hoffman (PT-PR) seriam beneficiários de ações da polícia legislativa do Senado, para atrapalhar as investigações da Lava-Jato.