Cascavel – Os paranaenses já pagaram desde 1º de janeiro R$ 1,6 bilhão em tarifas de pedágios ao transitar pelo chamado Anel de Integração em todo o Estado onde estão seis concessionárias que administram rodovias federais.
De acordo com o Pedagiômetro, ferramenta disponível no site do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) que permite o acompanhamento e facilita a fiscalização do trânsito pelas praças, quase 65 milhões de veículos passaram pelas cancelas dos caros pedágios paranaenses neste ano.
A Econorte, responsável pelo chamado Lote 1 com praças em Jacarezinho, Jataizinho e Sertaneja, já faturou R$ 154 milhões, pagos por 4,1 milhões de veículos motorizados.
No percurso chamado de Lote 2, com administração da Viapar, que tem uma das praças no oeste do Paraná na BR-369, em Corbélia, o faturamento já beira os R$ 262,3 milhões com mais de 16,7 milhões de veículos pagando para trafegar pelo trecho que vai desde Corbélia, passando por Campo Mourão, Floresta, Presidente Castelo Branco, Mandaguari e Arapongas.
Quanto ao Lote 3, administrado pela Ecocataratas, na BR-277, com três praças na região oeste, o faturamento neste ano já bateu a casa dos R$ 214,5 milhões com o tráfego de 9,5 milhões de veículos. São cinco as praças da concessionária, passando por Candói, seguindo sentido oeste em Laranjeiras do Sul, Cascavel, Céu Azul e São Miguel do Iguaçu.
No Lote 4, administrado pela concessionária Caminhos do Paraná, foram mais de R$ 241,7 milhões em faturamento com quase 8,5 milhões de veículos pagantes. As praças referentes a esse lote estão na Lapa, em Imbituva, em Porto Amazonas, em Irati e em Prudentópolis.
O Lote 5 é, de longe, o mais oneroso para quem trafega por ele. Sozinha, a Econorte já faturou quase meio bilhão de reais neste ano com o registro de mais de 21,5 milhões de veículos passando pelas cancelas em Balsa Nova, Palmeira, Carambeí, Jaguariaíva, Ponta Grossa, Imbaú e Ortigueira.
A Ecovia, administradora do Lote 6, com apenas uma praça em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, faturou quase R$ 193 milhões com o trânsito de 4,25 milhões de veículos.
Queda
Apesar do valor bastante oneroso, ele é 4% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado quando as concessionárias haviam faturado juntas quase R$ 1,66 bilhão, resultado de queda de 7% do volume de veículos.
Entre as possíveis justificativas estão a greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias no fim do mês de maio e que travou o transporte rodoviário de cargas no País, e a sequente suspensão da cobrança de eixo suspenso dos caminhões desde então. A ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias) não informou o motivo da queda no volume de veículos.