Curitiba – A AIE (Organização Mundial da Saúde Animal) reconheceu oficialmente o Paraná como Área Livre de Peste Suína Clássica. O ato de reconhecimento aconteceu em Paris, durante reunião anual da OIE, com a participação dos seus 180 países membros.
A concessão do reconhecimento é mais um passo para ampliar as possibilidades da indústria elevarem o volume de exportação, que atualmente está em torno de 10% em relação ao volume de carnes produzido no Estado.
O reconhecimento internacional de doenças de importância para o mercado mundial, acontece anualmente, sempre no mês de maio, durante a Assembléia Geral da OIE. Junto com o Paraná, são 14 estados brasileiros e mais o Distrito Federal que obtêm esse reconhecimento, neste ano.
ADAPAR
A conquista desse status sanitário representa o cumprimento de uma das metas da Adapar (Agência de Defesa Agropecuária), que foi criada pelo governador Beto Richa e que completa quatro anos de atividades neste mês de maio.
A OIE representa o braço técnico da OMC (Organização Mundial do Comércio), cujas recomendações servem de referência para os mercados internacionais decidirem sobre comércio de animais e produtos de origem animal. O Paraná é o terceiro estado maior produtor de carne suína do País. Em 2015 produziu 676,3 mil toneladas de carne e exportou 64,4 mil toneladas.
Para o presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz, esse reconhecimento, chancelado por 180 países, atesta a robustez da defesa agropecuária e fortalece as operações comerciais com animais e produtos de origem animal no mercado global.
A doença
A peste suína clássica já está erradicada no Paraná desde 1994, quando o Estado foi reconhecido oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, junto com os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, como área livre da doença. Ocorre que desde 2005, a OIE decidiu que a partir de 2015 adotaria o sistema de reconhecimento regional para essa doença, a exemplo do que já faz com doenças aviárias (como a doença de NewCastle) e a febre aftosa.
O Paraná se preparou para apresentar o pleito com mais intensidade nos últimos anos, informou o presidente da Adapar, Inácio Afonso Kroetz. Para isso foi necessário adotar medidas de biossegurança nas granjas, controle e monitoramento mais rígido no trânsito de animais, e vigilância sanitária por meio de testes laboratoriais, disse ele. Essas ações fazem parte de um conjunto de requisitos que obrigatoriamente são apresentados à OIE.