Cotidiano

Obras licitadas e já em execução vão continuar; “novas” terão que esperar

Obras licitadas e já em execução vão continuar; “novas” terão que esperar

O corte de gastos anunciado na manhã desta quarta-feira (30) pelo o prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, (confira matéria na página 3) impacta todas as secretarias e umas delas, é a de Sesop (Serviço e Obras Públicas), que mantêm uma série de serviços importantes para toda a comunidade, já está se reorganizando. Para esmiuçar melhor os impactos e como isto será sentido no dia a dia, a reportagem do Jornal O Paraná entrevistou o secretário Sandro Rocha Rancy, que explicou como serão os serviços a partir de agora.
Rancy disse que todas as obras já licitadas e que estão em andamento vão prosseguir normalmente, ou seja, nenhuma obra que já iniciou sofrerá com a “contenção de gastos”. Por outro lado, serão mantidos apenas os serviços essenciais da secretaria, entre eles, a operação tapa buraco, iluminação pública e recapes de vias. “Uma lâmpada que antes era trocada em 48 horas agora pode levar duas semanas, porque vamos reduzir o ritmo”, exemplificou.
Segundo o secretário, uma equipe de serviços de realização tapa buracos será mantida ao invés de duas e a nova Usina de Asfalto que já está em fase de testes, visto que é uma nova tecnologia e precisa ser adaptada, inclusive a sistemas de aplicativo para funcionar, está sendo preparada para funcionar desde a semana passada. Mas, a antiga usina, por contados gastos vai ficar parada por enquanto. “A nossa ideia inicial era manter as duas funcionando, mas com a contenção vamos deixar operando apenas a nova que está sem fase de testes da sua primeira fornada”, salientou.

Redução necessária
Para Rancy, essa readequação dos trabalhos é necessária visto que o Poder Público, como um todo, está sentindo os reflexos da queda nos repasse das verbas federais e que acabam trazendo prejuízos a todos os setores. Para o secretário, assim que os repasses forem normalizados e o dinheiro volte a entrar nos cofres públicos municipais, o “retorno total aos trabalhos será imediato”, porém, na situação atual, não é possível manter o mesmo ritmo de obras e ações.
“Defino da seguinte forma: o que está acertado vamos manter, que são os compromissos assumidos, mas novas obras e novas licitações mesmo com projetos prontos teremos que segurar nesse momento”.

Obra no Lago Azul
Rancy lembrou que a única licitação que deve ser lançada até o fim de setembro é a obra de pavimentação de duas vias importantes do Bairro Lago Azul, já que é uma obra com “verba carimbada” e que tem apenas 5% de contrapartida municipal. A obra de asfaltamento do Bairro Lago Azul é uma herança complicada ainda da época da pandemia. Como a empresa não cumpriu os prazos estabelecidos e renegociados, a própria Sesop pediu a quebra de contrato e o documento oficial foi publicado há poucos dias no Diário Oficial do Município.
Com a papelada em dia, é possível licitar a obra novamente para que os serviços sejam concluídos. Como a empresa acabou abandonando a obra, a própria Sesop acabou realizando uns serviços essenciais, mas é necessária uma licitação já que ainda há muito a ser feito.
Conforme o secretário, as obras iniciaram ainda em 2020, mas apenas cerca de 40% dela executada antes de ser abandonada. Na Rua Lagoa de Freitas, por exemplo, a base do asfalto está pronta, mas já na Rua Lagoa da Pinguela a situação está cada vez pior, já que com a obra parada, toda vez que chove a situação fica ainda mais difícil. O investimento total inicial previsto é de R$ 4.174.145,64 em 18.628,97 m² de pavimentação.

Foto: Arquivo/Secom

Empresa é notificada para agilizar
a instalação dos abrigos de ônibus

Cascavel – A Sesop (Secretaria Municipal de Serviços e Obras Públicas) notificou mais uma vez a Construtora Guilherme para “agilizar” a instalação da reta final dos novos abrigos de ônibus da cidade. Segundo o secretário Sandro Rancy, faltam apenas 120 abrigos dos 815 contratados, mas em alguns locais a empresa fez apenas a base e não terminou a colocação da estrutura, o que gera ainda mais reclamação da população e principalmente dos usuários do transporte público.
“Notificamos a empresa e pedimos para eles agilizarem os trabalhos. Nos passaram que ainda em setembro vão terminar pelo menos mais 40 abrigos”. O prazo da empresa segue até março do próximo ano, mas segundo Rancy existe uma negociação para acelerar, já que esse é um contrato que se arrasta desde 2020 e que sofreu também com o aumento da matéria prima agravado pela a pandemia.
Também foi alterada a forma de pagamento dos serviços à construtora, já que demorava até 90 dias para a empresa receber após a medição dos serviços para ser feito o pagamento mais rápido. O valor inicial do contrato era de cerca de R$ 17 milhões, mas sofreu reajustes devido à alta dos preços. Somente o último realinhamento foi de cerca de R$ 3,5 milhões.
A obra é financiada pela a Caixa Econômica Federal, com recursos do FGTS e que tem 5% de contrapartida do Município, para a instalação de todo o conjunto desde a construção da base, calçada e das rampas de acesso. Existem dois modelos que estão sendo executados, em um deles tem uma calçada maior, com as rampas de acesso e os outros menores de largura.