RIO ? A Secretaria de Saúde do estado de Minas Gerais divulgou, no final da tarde desta quinta-feira, dia 19, um novo boletim sobre febre amarela que confirma um total de 23 mortes pela doença. Até a quarta-feira, o números de óbitos confirmado pelo Ministério da Saúde era oito.
links febre amarela 4Segundo a secretaria, além dessas 23 mortes, outras 31 seguem sob investigação para saber se forma provocadas pela doença. O número de casos notificados no estado permanece o mesmo que foi divulgado pelo ministério: 206. Mas, destes, 34 já não são mais considerados apenas suspeitos. Eles forma confirmados por meio de exames.
De acordo com a nota técnica divulgada pela secretaria, foram considerados casos confirmados aqueles que apresentaram exame laboratorial detectável para febre amarela; exame laboratorial não detectável para dengue; histórico vacinal que comprove que o indivíduo não estava vacinado; a existência de sinais e sintomas compatíveis com a doença; e exames complementares que caracterizam disfunção renal ou hepática.
As 23 mortes ocorreram nos municípios de Ladainha (7), Piedade de Caratinga (2), Ipanema (3), Malacacheta (2), Imbé de Minas (1), São Sebastião do Maranhão (2), Frei Gaspar (1), Itambacuri (2), Poté (1), Setubinha (1), Teófilo Otoni (1).
Já o Espírito Santo continua com seis casos suspeitos da doença, notificados em quatro cidades, todas próximas à região mineira afetada.
LETALIDADE DE 48% NO BRASIL
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de mortalidade da doença varia de 15% a 45% dos casos, mas o histórico da enfermidade no Brasil mostra que, pelo menos no país, o índice pode ser mais alto. De 2000 a 2016, entre os 346 episódios diagnosticados de febre amarela em diferentes estados do Brasil, 48% (166) levaram à morte dos pacientes. No ano passado, por exemplo, cinco das sete pessoas que contraíram a doença não resistiram. Em 2015, dos nove casos notificados, houve cinco mortes.
De acordo com o Minsitério da Saúde, foram enviadas 1,6 milhão de doses extras de vacina para Minas Gerais, 500 mil para o Espírito Santo, 350 mil para o Rio e 400 mil para a Bahia. A pasta também informou que, este mês, 650 mil doses da vacina foram distribuídas para todo o país, como parte da rotina de abastecimento do Calendário Nacional de Vacinação. Em 2016, o total distribuído foi de mais de 16 milhões de doses.
Atualmente, o Brasil tem registros apenas de febre amarela silvestre, transmitida principalmente pelo mosquito Haemagogus infectado após picar macacos com a doença. Os últimos casos de febre amarela urbana, que é transmitida pelo Aedes aegypti ? mosquito que também passa dengue, zika e chicungunha ?, foram registrados em 1942, no Acre.