O aquecimento global é uma realidade que vem sendo cada vez mais discutida entre especialistas do mundo todo, além de tomar mais espaço no dia a dia das pessoas. Diversas cidades no Brasil e no mundo estão quebrando recordes históricos de calor, obrigando moradores a instalarem aparelhos de ar condicionado, climatizadores, entre outros equipamentos para garantir conforto térmico.
Por outro lado, a mudança climática não se restringe apenas ao aquecimento. Enquanto alguns lugares do mundo sofrem com ondas de calor extremo, outras regiões têm batido recorde de frio, colocando em risco a vida de muitas pessoas, principalmente as que estão em situação de vulnerabilidade nas ruas.
De acordo com especialistas, as mudanças climáticas provocadas principalmente pelo desequilíbrio ambiental causado pelo ser humano, tendem a trazer temperaturas extremas nos próximos anos, além do aumento de catástrofes ambientais.
Em setembro, mais de 60 países se reuniram na ONU para discutir medidas para reverter essa situação enquanto ainda é possível. O evento, que aconteceu em Nova York, se destacou principalmente pela participação de jovens e adolescentes, que protestavam a favor de mudanças nas políticas dos países em relação à destruição do meio ambiente.
A pauta do evento também foi marcada pela ausência do presidente Jair Bolsonaro, principalmente no discurso de Emmanuel Macron, presidente da França, com quem o brasileiro tem trocado farpas desde a acusação que o governo do Brasil não tem empregado esforços o suficiente para preservar a Amazônia contra o avanço de ruralistas e grileiros de terras.
Apesar das polêmicas dos últimos meses, Macron anunciou a doação de US$ 500 milhões para o fundo da Amazônia, que tem o objetivo de financiar projetos de preservação. Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não era esperado no evento, fez uma aparição rápida no encontro de líderes.
Participação brasileira
O secretário-geral das Nações Unidas, o português Antonio Guterres, fez a abertura das discussões com uma mesa de jovens e adolescentes que têm se empenhado na luta para impedir o colapso mundial que poderá ser causado pelo aquecimento global.
Entre os participantes, a brasileira Paloma Costa Oliveira, 27 anos, que atua como coordenadora da ONG Engajamundo, se uniu à sueca Greta Thunberg, 16 anos, que se tornou alvo de trolls e fake news na internet graças ao seu comovente discurso durante o evento. No discurso, Greta criticou a falta de ação dos adultos, principalmente aqueles que ocupam posições de poder, e que teriam condições de tomar atitudes para mudar a situação do mundo.
Greta Thunberg, apesar da pouca idade, também foi a principal articuladora da greve global pelo clima, que uniu milhões de pessoas nas ruas em setembro, protestando pela mudança das políticas ambientais.
Greta, com mais outros 15 adolescentes e crianças de diversas partes do mundo, apresentou um denúncia formal, com a ajuda do escritório internacional de advocacia Hausfeld, ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). A denúncia foi contra cinco países signatários da Convenção dos Direitos da Criança: Alemanha, Argentina, Brasil, França e Turquia.
Segundo o documento, estes países não têm se comprometido em dar um futuro seguro para as crianças, uma vez que não têm cumprido com acordos ambientais.
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