RIO ? Morreu este domingo de causas naturais a astrônoma Vera Rubin, de 88 anos. A americana foi muitas vezes cotada para o Prêmio Nobel. Na década de 1970, ela demonstrou que as estrelas nas bordas das galáxias se moviam mais rápido do que deviam, levando em conta a gravidade gerada apenas pela matéria visível no Universo. Em busca de uma explicação, Rubin afirmou que deveria existir um tipo de matéria que não podemos ver, mas cujos efeitos gravitacionais podem ser observados. Chamada matéria escura, ela responde por cerca de 80% de toda matéria do Universo. Já a matéria normal, da qual somos feitos, assim como todos os planetas e estrelas, representa apenas 20% do total, aproximadamente.
O interesse de Vera Rubin pela astronomia começou ainda na juventude, quando seu pai a ajudou a construir um telescópio. Depois de concluir os estudos, ela tentou matricular-se como estudante de pós-graduação na área na Universidade de Princeton, mas foi impedida por ser mulher. Procurou, então, outras prestigiadas instituições americanas, as universidades de Cornell e Georgetown. Suas pesquisas lhe renderam diversas condecorações e ela foi a segunda mulher a integrar a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.
Vera morava em Princeton, no estado de New Jersey.