Cotidiano

Moro quer ouvir Renan Calheiros na primeira quinzena de março

SÃO PAULO. O juiz Sérgio Moro deu prazo de cinco dias para o que senador Renan Calheiros escolha quando e como será ouvido como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que envolve o tríplex no Guarujá e o armazenamento do acervo presidencial, pago pela OAS. Moro sugeriu três datas na primeira quinzena de março (dias 2, 7 e 15) para que a audiência seja realizada por videoconferência na sede da Justiça Federal no Distrito Federal. Informou ainda que, caso o Senado tenha equipamento próprio de videoconferência, é possível definir outras datas e, ainda, caso prefira, o senador poderá comparecer em audiência, pessoalmente, na Justiça Federal em Curitiba

Lula é acusado pela força-tarefa da Lava-Jato por lavagem de R$ 1,3 milhão pagos pela OAS para armazenar o acervo presidencial entre janeiro de 2011 e janeiro de 2016 em depósitos da Granero. Foram 21 pagamentos mensais de R$ 21,5 mil e os procuradores que a quantia era proveniente de crimes praticados pela empreiteira em licitações da Petrobras.

O Ministério Público Federal afirma ainda que Lula foi beneficiado pelo tríplex no Guarujá, no valor de R$ 1,1 milhão, por reformas feitas no apartamento e por móveis planejados instalados. No total, os procuradores afirmam que a vantagem repassada ao ex-presidente alcançou R$ 3,7 milhões.

A defesa do ex-presidente afirma que o tríplex nunca foi da família Lula, que apenas visitou o apartamento com a intenção de compra, e que a armazenagem do acervo presidencial foi negociada com o Instituto Lula como contribuição privada, depois que ele deixou o governo.