SÃO PAULO – O juiz Sérgio Moro viveu mais um momento de superstar no sábado à noite durante show do Capital Inicial em Curitiba. Por mais de um minuto, ele foi ovacionado pelo público presente apresentação da banda de rock brasiliense no Teatro Positivo. As aparições públicas do juiz responsável pala condução das ação da Operação Lava-Jato viraram momentos dignos das estrelas pop com fotos, gritos, aplausos e uma idolatria quase mítica.
Como faz em todo show do Capital, antes de tocar o clássico “Que País é Esse?”, do Legião Urbana, o cantor Dinho Ouro Preto fez críticas ao sistema político e lamentou o atual momento que o país vive:
? Tenho a impressão que o poder é tóxico. Eles sentam naquelas cadeiras lá, naquelas palácios, e tudo desanda. A minha frustração é imensa. Eu não me sinto representado por ninguém. Gostaria que o Brasil voltasse às nossas mãos.
Dinho então disse que normalmente dedica a música a algum político, mas que naquele dia iria dedicar a uma das 2,4 mil pessoas que estavam no teatro para ver a apresentação
? A gente sempre dedica essa música a alguém que está envolvido em algum escândalo. Nesta semana poderia ser o Paulo Bernardo (ex-ministro do Planejamento e das Comunicações dos governos Lula e Dilma, respectivamente). Na semana passada, o Eduardo Cunha (presidente afastada da Câmara dos deputados). Mas eu vou dedicar essa música hoje ao juíz Sérgio Moro. Ele está aqui assistindo.
O anúncio levou a plateia a um frenesi até então não ocorrido na apresentação da banda brasiliense na fria noite curitibana. O público ficou “caçando” o juiz como um agente da Polícia Federal atrás dos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras. Dinho também tentava localizar o magistrado entre as pessoas os camarotes.
Moro ajudou e se levantou para delírio dos presentes. Vestindo preto, como de costume, o juiz acenou, mandou “jóinha” e se curvou, em reverência, para a plateia que por mais de um minuto gritou seu nome e o aplaudiu. Após a cena, o show continuou.