Cotidiano

Ministro da Saúde é advertido por ter omitido campanha eleitoral de agenda

BRASÍLIA – O ministro da Saúde, Ricardo Barros, levou advertência da Comissão de Ética da Presidência (CEP) por ter omitido da agenda eventos de campanha eleitoral no Paraná. A sanção é mais alta depois da recomendação de exoneração. A decisão foi tomada nesta segunda-feira, por cinco votos a dois.

? Não é proibido que a autoridade faça campanha eleitoral, mas é preciso registrar em agendas, para que essas atividades não sejam distorcidas ao ponto de as viagens de trabalho serem utilizadas para campanha eleitoral ? declarou o presidente do colegiado, Mauro Menezes. A matéria foi relatada pelo conselheiro Américo Lacombe.

O processo contra Barros foi aberto em outubro, por iniciativa da própria comissão. Em setembro, ele esteve em eventos eleitorais no Paraná, sua base eleitoral, e fez promessas a eleitores. Os compromissos foram omitidos da agenda do ministro, ao contrário do que manda o código de ética da alta administração federal.

Na agenda oficial do ministro da Saúde no último fim de semana de setembro só constava uma visita a um hospital. Barros, que é filiado ao PP, prometeu construir um hospital em Marialva (PR), fazer melhorias em um hospital de Foz do Iguaçu (PR) e levar recursos ao município de Peabiru (PR).

A Comissão de Ética da Presidência veda a agentes públicos prometer cargos, obras ou verbas em período eleitoral que dependam de atuação no poder público. A Advocacia-Geral da União também fez essas recomendações em uma cartilha entregue aos funcionários do governo federal em primeiro de julho, após cerimônia no Palácio do Planalto, quando Barros já geria o maior orçamento da Esplanada.