SÃO PAULO – Apesar da melhora na produção industrial divulgada nesta terça-feira pelo IBGE, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não devemos deixar de enxergar a realidade como ela é. O ministro observou que o Brasil vive sua maior crise econômica e recessão desde que o Produto Interno Bruto (PIB) começou a ser medido, em 1901. pec 0111
– Todos estamos sentindo isso, mas ninguém sai de uma depressão do dia para a noite. O que estamos dizendo é que já esperamos um crescimento do PIB para 2017. Já em alguns setores se nota diminuição da velocidade de queda. A indústria já cresceu 0,5% no mês de setembro e esse número fala por si só. A indústria estava caindo. O fato de que já começou a crescer já é um sinal de maior relevância.
A produção industrial avançou 0,5% em setembro frente a agosto, segundo dados divulgados pelo IBGE.
O ministro observou que o índice de confiança também já está mais alto. Ele veio caindo desde 2011 e atingiu um piso no início do segundo trimestre, mas já está crescendo.
– As medidas já estão sendo tomadas. A proposta de controle dos gastos públicos, a PEC do teto, que está na raiz deste problemas, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e já está em processo de discussão no Senado.
Na Fiesp, Meirelles participou de evento promovido pelo Comitê de Jovens Empreendedores da entidade, com o título A Reinvenção Agora. Ele disse à plateia que o momento é de maior importância para transformação.
– Estamos em um momento importante de transformação no Brasil em diversas esferas, e uma delas é a despesa pública. E o país precisa ter um ambiente macroeconômico favorável para que as empresas cresçam. E as medidas que o governo está tomando já dão sinais de que isso está acontecendo.
Meirelles também citou a PEC do teto dos gastos e a Reforma da Previdência como mudanças importantes que o país está começando a fazer. Ele afirmou que não espera resistência do Senado na aprovação do limite dos gastos do governo.
– O fato de ter sido aprovada por uma maioria tão grande na Câmara mostra que existe cada vez mais um consenso da sociedade brasileira de que é preciso controlar o ritmo de expansão das despesas públicas. E acredito que essa consciência existe no Senado e estou confiante.
Cotidiano