Cotidiano

Meirelles diz que decisão sobre alta de impostos será tomada nesta quarta-feira

65646416_PA São Paulo SP 09-03-2017 O Ministro da Fazenda Henrique Meirelles fala sobre reforma.jpg

SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou a um grupo de empresários e investidores que até a semana passada era “inevitável” uma elevação de impostos, mas que as perspectivas em relação a receitas extras mudou esse panorama, segundo fontes ouvidas pelo GLOBO. No entanto, ele não descartou completamente a alta de tributos e afirmou que a decisão será tomada até o final do dia.

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Meirelles deu uma palestra a investidores, empresários e banqueiros em evento organizado pelo Bank of America Merril Lynch e fechado a imprensa. Aos participantes, explicou a necessidade em se fazer a Reforma da Previdência, apresentando os dados da idade mínima de aposentadoria no Brasil em relação a outros países. Ao final, na sessão de perguntas e respostas, foi questionado sobre o aumento de impostos – que tem sido rechaçado por vários setores empresariais.

Segundo uma fonte, foi quando ele falou das perspectivas melhores nessa semana, incluindo aí discussões em andamento no SupremoTribunal Federal (STF) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), como a devolução de dinheiro do setor elétrico para os cofres públicos e recursos de precatórios não reclamados.

? Ele disse que até semana passada era inevitável o aumento. Explicou as razões pelas quais nessa semana as perspectivas estão melhores. Que agora não mas é inevitável, mas não cravou que a alta de tributos está descartada ? disse um dos participantes.

Ao final do evento, Meirelles saiu seam falar com a imprensa, como era previsto, e foi se encontrar com o presidente Michel Temer.

A meta de déficit primário (quando as despesas superam as receitas, excluindo os gastos com juros) para 2017 é de R$ 137 bilhões. Como a arrecadação está abaixo dp esperado, fruto de uma economia ainda em recessão, o governo terá que cortar despesas do Orçamento, em um mecanismo chamado de contingenciamento, e também aumentar alíquota de alguns impostos.

Esse “rombo” é de R$ 58,2 bilhões. Para o corte não ser dessa magnitude, o governo precisa dessas receitas extras.