Cascavel A região Oeste do Paraná não registrava médias tão baixas como as dos últimos dias para o mês de junho desde 1997. Segundo o Instituto Tecnólogico Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), os oito primeiros dias do mês estão 4°C abaixo da média registrada durante os 30 dias. Normalmente, o período registra, entre temperaturas mínimas e máximas, uma média de 16°C. Até o momento, a média é de 12°C, considerando apenas a primeira semana de junho. Há 19 anos, a média mensal era de 13°C.
O meteorologista Lizandro Jacóbsen informou ainda a média das temperaturas mínimas à região. Conforme ele, geralmente elas permanecem em torno de 12°C, diferente do cenário atual, de 7,9°C. Em relação às máximas também há queda de 4°C, com média de 17°C, dos habituais 21°C.
A justificativa para a queda brusca nas temperaturas, que em boa parte dos municípios paranaenses devem ser negativas no fim de semana, é a falta de períodos de maior aquecimento, que coincidiu com dias de resfriamento consecutivos. Em 2015, o clima úmido, com poucas ondas de frio, provocou uma média acima do normal, de 17°C para junho, diferente do inverno previsto para este ano, que será rigoroso, explica o meteorologista.
Frio continua
A sexta-feira (10) iniciou gelada em todo o Paraná. A menor temperatura foi novamente registrada em General Carneiro, onde os termômetros marcaram -5°C pelo segundo dia consecutivo.
Desde a quarta-feira (8), as previsões de formação de geada do Simepar se confirmaram no Oeste. Ontem, a mínima em Toledo foi de 1,5°C, com sensação térmica de -2°C. Em Cascavel, entre as 6h e 7h, os termômetros marcaram 3,8°C.
De acordo com a meteorologista Ana Beatriz Porto da Silva, o fim de semana será de frio intenso, principalmente no domingo (12), quando há previsão de forte geada, com temperaturas abaixo de 0°C.
Alerta ao café
O Iapar (Instituto Agronômico do Paraná) e o Siimepar alertam que há previsão de geadas na madrugada de domingo em toda a região cafeeira paranaense. A recomendação para os plantios novos, com até seis meses de campo, é simplesmente enterrar as mudas. Viveiros devem ser protegidos com várias camadas de cobertura plástica ou aquecimento, com a opção de adotar as duas práticas simultaneamente.
Nos dois casos lavouras novas e viveiros , a proteção deve ser retirada assim que a massa de ar frio se afastar e cessar o risco de geada. Nas lavouras com idade entre seis meses e dois anos, a recomendação é amontoar terra no tronco das plantas até o primeiro par de folhas. Essa proteção deve ser mantida até meados setembro, e depois retirada com as mãos.