LONDRES ? Mais de 300 crianças-soldado já morreram nas duas primeiras semanas da ofensiva iraquiana para recuperar a cidade de Mossul do Estado Islâmico (EI). A informação é do Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH), organização com base no Reino Unido que estima que pelo menos 480 jihadistas mortos na operação. A localidade, a segunda cidade mais importante do Iraque, está no controle dos jihadistas há quatro anos.
As crianças na frente de batalha são chamadas de ?filhotes do califado? nos arredores de Mossul, por onde avançam as tropas iraquianas. Combatentes pró-governo abriram uma nova frente na cidade, com o objetivo de cortar uma rota de escape dos jihadistas.
Segundo o OSDH, os corpos de 40 extremistas que morreram no combate foram levados à capital do EI, Al-Raqqah, nas últimas 24 horas. Já a ONU afirmou que, segundo relatos, 232 civis foram mortos a tiros na última quarta-feira ? incluindo 190 ex-oficiais das tropas iraquianas.
A ofensiva de Mossul continua em sua fase inicial, na qual dezenas de localidades situadas nas planícies que cercam a cidade foram retomadas do EI. Em uma segunda etapa, as forças iraquianas devem começar a cercar Mossul e tentar abrir corredores de segurança para permitir a fuga de civis. Depois serão obrigados a travar uma batalha urbana contra os extremistas, entrincheirados na cidade.
Quase 1,5 milhão de pessoas moram na região de Mossul, segundo a ONU. Fontes americanas calculam que entre 3.000 e 5.000 extremistas estariam dentro da cidade.