BRASÍLIA – Apesar de ter livre circulação no plenário do Senado, o ex-presidente Lula acompanhará da galeria do Senado a fala da presidente afastada Dilma Rousseff, que acontecerá na próxima segunda-feira. Ele ficará no espaço reservado aos 33 aliados que a petista trará no dia de sua fala.
Petistas que estiveram com o ex-presidente nesta sexta-feira questionaram se seria adequada a vinda de Lula ao Senado, já que o sentimento geral é de que Dilma será derrotada e que ele poderá virar alvo de agressões verbais em plenário. O ex-presidente, no entanto, disse ser importante “prestar solidariedade” à petista.
? Eu vou, é uma questão de solidariedade ? afirmou Lula a aliados.
Além dos convidados da defesa, haverá ainda 35 vagas na galeria do Senado destinadas a integrantes da acusação, que devem ser preenchidas basicamente por representantes de movimentos sociais. Haverá um “muro” entre os dois grupos, espaço que será ocupado por profissionais da imprensa. Apesar da proximidade, parlamentares acreditam que não haverá confrontos. Lembram que o ministro Ricardo Lewandowski está comandando as sessões, repletas de bate-bocas, com firmeza. Ele chegou até a ameaçar usar seu “poder de polícia” para conter senadores.
Os senadores petistas também vão trazer ao Senado lideranças de movimentos sociais pró-Dilma, como integrantes da CUT e do MTST. Eles ficarão em uma sala reservada da Comissão de Direitos Humanos da Casa.